Publicidade
Publicidade
09/11/2006
-
15h13
da BBC Brasil, em Londres
O desempenho do Brasil na área da educação atrapalhou o desenvolvimento humano do país no início deste século 21, mostrou o relatório anual divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A evolução do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil entre os anos 2000 e 2004 foi a pior desde 1975, ano em que se inicia a comparação histórica fornecida pelo estudo.
Entre os anos de 2003 e 2004, o Brasil caiu no ranking do IDH --passou da 68ª para a 69ª colocação-- mas uma mudança importante de metodologia impede comparações entre os dois períodos, disse o PNUD.
Dentro de uma escala de zero a um --em que um é o resultado ideal--, o IDH brasileiro atingiu a marca de 0,792 em 2004, contra 0,788 do ano anterior, ficando atrás de Romênia, Belarus, Bósnia e Herzegovina, República Dominicana, Omã e Ilhas Maurício.
Entre os países latino-americanos comparados pelo relatório da agência das Nações Unidas (Argentina, Colômbia, Chile, Peru, México e Venezuela), somente a Argentina --que enfrentou grave crise política e econômica em 2001-- teve uma evolução menor do que o Brasil no IDH.
Indicadores
O IDH é a síntese de quatro indicadores, sempre relativa aos números de dois anos antes: Produto Interno Bruto (PIB) per capita, expectativa de vida, taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade e taxa de matrícula bruta nos três níveis de ensino (percentual de população em idade escolar que está matriculado em algum tipo de ensino --fundamental, médio ou superior).
No indicador de PIB per capita, o Brasil chegou a apresentar um aumento de cerca de 3,1%, passando a US$ 8.195 (em torno de R$ 17.529,00) em 2004. O país melhorou também na expectativa de vida (de 70,5 anos para 70,8 anos).
No entanto, os números do IDH do Brasil ficaram estagnados no que diz respeito à taxa de alfabetização (88,6%) e taxa de matrícula (85,7%).
Como resultado, caiu o ritmo de melhora no indicador: entre 2000 e 2004, o avanço foi de apenas 0,22%, contra 0,95% no período entre 1995 e 1999 e 0,79% nos cinco anos anteriores.
Na América Latina e no Caribe, 13 países tiveram desempenho superior ao brasileiro em termos de desenvolvimento humano: México (53º no ranking, IDH de 0,821), Cuba (50º no ranking, IDH de 0,826), Uruguai (43º no ranking, IDH de 0,851), Chile (38º no ranking, IDH de 0,859) e Argentina (36º no ranking, IDH de 0,863).
No topo do ranking estão Noruega, Islândia e Austrália, enquanto Mali, Serra Leoa e Níger ocupam a lanterna do ranking.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o PNUD
Baixo desempenho em educação atrapalha desenvolvimento humano do Brasil
CASSIANO GOBBETda BBC Brasil, em Londres
O desempenho do Brasil na área da educação atrapalhou o desenvolvimento humano do país no início deste século 21, mostrou o relatório anual divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
A evolução do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil entre os anos 2000 e 2004 foi a pior desde 1975, ano em que se inicia a comparação histórica fornecida pelo estudo.
Entre os anos de 2003 e 2004, o Brasil caiu no ranking do IDH --passou da 68ª para a 69ª colocação-- mas uma mudança importante de metodologia impede comparações entre os dois períodos, disse o PNUD.
Dentro de uma escala de zero a um --em que um é o resultado ideal--, o IDH brasileiro atingiu a marca de 0,792 em 2004, contra 0,788 do ano anterior, ficando atrás de Romênia, Belarus, Bósnia e Herzegovina, República Dominicana, Omã e Ilhas Maurício.
Entre os países latino-americanos comparados pelo relatório da agência das Nações Unidas (Argentina, Colômbia, Chile, Peru, México e Venezuela), somente a Argentina --que enfrentou grave crise política e econômica em 2001-- teve uma evolução menor do que o Brasil no IDH.
Indicadores
O IDH é a síntese de quatro indicadores, sempre relativa aos números de dois anos antes: Produto Interno Bruto (PIB) per capita, expectativa de vida, taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade e taxa de matrícula bruta nos três níveis de ensino (percentual de população em idade escolar que está matriculado em algum tipo de ensino --fundamental, médio ou superior).
No indicador de PIB per capita, o Brasil chegou a apresentar um aumento de cerca de 3,1%, passando a US$ 8.195 (em torno de R$ 17.529,00) em 2004. O país melhorou também na expectativa de vida (de 70,5 anos para 70,8 anos).
No entanto, os números do IDH do Brasil ficaram estagnados no que diz respeito à taxa de alfabetização (88,6%) e taxa de matrícula (85,7%).
Como resultado, caiu o ritmo de melhora no indicador: entre 2000 e 2004, o avanço foi de apenas 0,22%, contra 0,95% no período entre 1995 e 1999 e 0,79% nos cinco anos anteriores.
Na América Latina e no Caribe, 13 países tiveram desempenho superior ao brasileiro em termos de desenvolvimento humano: México (53º no ranking, IDH de 0,821), Cuba (50º no ranking, IDH de 0,826), Uruguai (43º no ranking, IDH de 0,851), Chile (38º no ranking, IDH de 0,859) e Argentina (36º no ranking, IDH de 0,863).
No topo do ranking estão Noruega, Islândia e Austrália, enquanto Mali, Serra Leoa e Níger ocupam a lanterna do ranking.
Especial
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice