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13/11/2006 - 09h36

Discussão sobre energia é a pauta de Lula na Venezuela

DENIZE BACOCCINA
da BBC Brasil, em Ciudad Guayana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou neste domingo à noite a Ciudad Guayana, no sul da Venezuela, para uma visita de menos de 24 horas.

Lula chegou às 22 horas do horário local (meia-noite de Brasília) e foi recebido no aeroporto pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez. Os dois presidentes deixaram o local sem falar com a imprensa.

O primeiro compromisso de Lula no país nesta segunda-feira será a inauguração, junto com o presidente Chávez, da ponte rodoferroviária sobre o Rio Orinoco, ligando os Estados de Bolívar e Anzoátegui, um região ainda pouco desenvolvida do sul do país.

A ponte foi construída pela Odebrecht, com financiamento brasileiro, e custou US$ 1,28 bilhão. Com três quilômetros de extensão, vem sendo apresentada como uma das principais obras de engenharia do país pelo presidente Chávez, que disputa a reeleição daqui a três semanas.

Discursos

A inauguração da obra acontece junto a um comício de apoio a Chávez, no qual são esperadas 2 mil pessoas. Os dois presidentes vão descerrar uma placa de inauguração, colocar o primeiro trilho da ferrovia que será construída na ponte e fazer discursos.

Lula e Chávez também também visitam uma sonda de perfuração no poço de petróleo Caribobo 1, onde a Petrobras e a PDVSA vão fazer uma exploração conjunta. O local fica na Faixa Petrolífera do Orinoco, uma região com reservas estimadas em 30 bilhões de barris de petróleo. O ato marca o fim das fases de quantificação e certificação das reservas.

No almoço, estão na pauta das conversas entre os dois presidentes e as delegações de ministros outros assuntos ligados à energia, como o Gasoduto do Sul e o projeto conjunto da Petrobras e da PDVSA para a construção de uma refinaria no Pernambuco, no pólo petroquímico de Suape.

O Gasoduto, que ainda é uma idéia, teria oito mil quilômetros de extensão para fazer a interligação por dutos de todos os países da região entre Venezuela e Argentina, ao custo de US$ 20 bilhões.

Contrapartida

A refinaria de Pernambuco é a contrapartida em território brasileiro do projeto das empresas brasileira e venezuelana de petróleo em Caribobo. A usina deve refinar o petróleo mais pesado brasileiro e venezuelano - que hoje é vendido a preço muito baixo no mercado internacional - e atender a demanda por diesel no Brasil, que importa o produto.

O projeto de US$ 2,8 bilhões deve começar a ser construído em julho do ano que vem e ficar pronto em 2010.

Participam da comitiva o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, o governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos e o senador Marcelo Crivella.

O presidente retorna a Brasília no fim da tarde de segunda-feira.
 

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