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16/11/2006
-
20h12
da BBC Brasil, em São Paulo
O acesso à internet de banda larga tornou-se para uma empresa um recurso tão vital quanto serviços como água e luz, afirma um relatório da Unctad (Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento) divulgado nesta quinta-feira.
"A banda larga dá os benefícios integrais da internet", afirma um dos autores do relatório, Angel Gonzalez Sanz, em entrevista à BBC Brasil. "Com banda larga, você interage com o cliente de uma forma mais eficiente e mais rápida", exemplificou.
Segundo a Unctad, a conclusão é preocupante para países em desenvolvimento, onde a banda larga é em geral cara e representa uma minoria dos acessos em comparação com a internet discada.
De acordo com o relatório, a diferença no acesso à banda larga revela uma nova dimensão da chamada divisão digital existente entre países desenvolvidos e nações em desenvolvimento.
"Em países ricos, os assinantes de banda larga aumentaram em quase 15% no segundo semestre de 2005, alcançando 158 milhões de pessoas", diz o relatório, que destaca o aumento no número de empresas com acesso à internet rápida.
A Unctad se baseia em dados de 2005, ano em que 63% das empresas da União Européia tinham internet de banda larga, enquanto que 80 de um grupo de 151 países em desenvolvimento nem tinham estatísticas sobre o assunto.
Para a organização, a competição entre os provedores do serviço (e a queda dos preços decorrente dessa competição) e a existência de uma infra-estrutura adequada constituem os dois principais fatores que explicam a disseminação da banda larga nos países desenvolvidos.
Impacto econômico
Segundo a Unctad, o menor acesso à banda larga faz com que os países em desenvolvimento saiam perdendo, por exemplo, em comércio --que, nos países desenvolvidos, vem sendo feito cada vez mais via internet.
"Para se tornarem mais competitivos na economia mundial e estimularem o crescimento econômico, os países em desenvolvimento claramente precisam ter melhor acesso à banda larga", afirma a entidade, que estima que o acesso ao tipo mais rápido de conexão à rede possa gerar bilhões de dólares à economia de um país anualmente.
O relatório também associa o uso das tecnologias de informação, cujo benefício máximo seria obtido com o uso da banda larga, ao aumento de produtividade.
"Há um número cada vez maior de sinais em países desenvolvidos e em desenvolvimento de que a adoção de tecnologias de informação e comunicação (ICT, na sigla em inglês) por empresas ajuda a acelerar o crescimento da produtividade, que é essencial para sustentar a geração de renda e emprego", afirma a Unctad.
ICT é o nome dado a tecnologias usadas no processamento de informações, ou seja, para armazenar, converter e transmitir dados via computador.
Segundo a entidade, essas tecnologias são ainda mais úteis em países em desenvolvimento, que poderiam ajudá-los a melhorar a sua competitividade no mundo.
Para Angel Sanz, o Brasil está bem colocado em relação a outros países da América Latina, destacando-se no uso de serviços bancários on-line, nos sites governamentais (e serviços oferecidos por eles) e em setores específicos como o automotivo --embora, neste caso, as transações se dêem mais entre fornecedores do que em vendas ao consumidor final.
Mas, ainda na avaliação do especialista da Unctad, o país sai perdendo, por exemplo, para a Índia, que se destaca na indústria de tecnologia da informação.
Sanz ressalta, entretanto, que o fato de o país ter o inglês como língua oficial lhe dá uma vantagem "muito importante" em relação ao Brasil.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Unctad
Para empresas, banda larga é vital como água, diz Unctad
CAROLINA GLYCERIOda BBC Brasil, em São Paulo
O acesso à internet de banda larga tornou-se para uma empresa um recurso tão vital quanto serviços como água e luz, afirma um relatório da Unctad (Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento) divulgado nesta quinta-feira.
"A banda larga dá os benefícios integrais da internet", afirma um dos autores do relatório, Angel Gonzalez Sanz, em entrevista à BBC Brasil. "Com banda larga, você interage com o cliente de uma forma mais eficiente e mais rápida", exemplificou.
Segundo a Unctad, a conclusão é preocupante para países em desenvolvimento, onde a banda larga é em geral cara e representa uma minoria dos acessos em comparação com a internet discada.
De acordo com o relatório, a diferença no acesso à banda larga revela uma nova dimensão da chamada divisão digital existente entre países desenvolvidos e nações em desenvolvimento.
"Em países ricos, os assinantes de banda larga aumentaram em quase 15% no segundo semestre de 2005, alcançando 158 milhões de pessoas", diz o relatório, que destaca o aumento no número de empresas com acesso à internet rápida.
A Unctad se baseia em dados de 2005, ano em que 63% das empresas da União Européia tinham internet de banda larga, enquanto que 80 de um grupo de 151 países em desenvolvimento nem tinham estatísticas sobre o assunto.
Para a organização, a competição entre os provedores do serviço (e a queda dos preços decorrente dessa competição) e a existência de uma infra-estrutura adequada constituem os dois principais fatores que explicam a disseminação da banda larga nos países desenvolvidos.
Impacto econômico
Segundo a Unctad, o menor acesso à banda larga faz com que os países em desenvolvimento saiam perdendo, por exemplo, em comércio --que, nos países desenvolvidos, vem sendo feito cada vez mais via internet.
"Para se tornarem mais competitivos na economia mundial e estimularem o crescimento econômico, os países em desenvolvimento claramente precisam ter melhor acesso à banda larga", afirma a entidade, que estima que o acesso ao tipo mais rápido de conexão à rede possa gerar bilhões de dólares à economia de um país anualmente.
O relatório também associa o uso das tecnologias de informação, cujo benefício máximo seria obtido com o uso da banda larga, ao aumento de produtividade.
"Há um número cada vez maior de sinais em países desenvolvidos e em desenvolvimento de que a adoção de tecnologias de informação e comunicação (ICT, na sigla em inglês) por empresas ajuda a acelerar o crescimento da produtividade, que é essencial para sustentar a geração de renda e emprego", afirma a Unctad.
ICT é o nome dado a tecnologias usadas no processamento de informações, ou seja, para armazenar, converter e transmitir dados via computador.
Segundo a entidade, essas tecnologias são ainda mais úteis em países em desenvolvimento, que poderiam ajudá-los a melhorar a sua competitividade no mundo.
Para Angel Sanz, o Brasil está bem colocado em relação a outros países da América Latina, destacando-se no uso de serviços bancários on-line, nos sites governamentais (e serviços oferecidos por eles) e em setores específicos como o automotivo --embora, neste caso, as transações se dêem mais entre fornecedores do que em vendas ao consumidor final.
Mas, ainda na avaliação do especialista da Unctad, o país sai perdendo, por exemplo, para a Índia, que se destaca na indústria de tecnologia da informação.
Sanz ressalta, entretanto, que o fato de o país ter o inglês como língua oficial lhe dá uma vantagem "muito importante" em relação ao Brasil.
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