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29/11/2006 - 09h44

Ex-espião russo 'traficou material nuclear', diz jornal

da BBC Brasil

Reportagem publicada no jornal britânico The Independent nesta quarta-feira afirma que o ex-espião russo Alexander Litvinenko, que morreu em Londres na semana passada, contrabandeou material nuclear para fora de seu país.

A informação, segundo o Independent, teria sido dada à polícia britânica por Mário Scaramella, o agente secreto italiano que encontrou Litvinenko no dia em que o agente russo começou a passar mal em decorrência de radioatividade por Polônio-210.

O ex-espião morto teria contado a seu colega que realizou o traslado ilegal de material nuclear para Zurique, na Suíça, em 2000.

O jornal não mencionou a finalidade do suposto contrabando, mas disse que Litvinenko – que trabalhava em uma unidade de combate ao contrabando e crime organizado no serviço secreto russo – trocou a Rússia por Londres quando começou a ser investigado por acusações de corrupção.

Doença misteriosa

O também britânico Financial Times revela que o ex-primeiro-ministro russo Igor Gaidar – "um dos críticos suaves de Putin" – passou mal em decorrência de uma "doença repentina, não-explicada e violenta" durante uma visita à República da Irlanda, apenas um dia depois de Litvinenko morrer na Inglaterra.

O diário afirma ter conversado por telefone com Gaidar, que está agora hospitalizado em Moscou. Segundo ele, os médicos ainda não foram capazes de identificar as razões do mal que lhe afetou logo após o café da manhã.

Uma mulher que coordenou a visita de Gaidar à Universidade de Maynooth, onde ele falaria de seu último livro, disse ao FT que o ex-premiê russo estava pálido e teve de deixar o auditório menos de dez minutos após iniciar sua palestra.

Ela disse que encontrou Gaidar pouco depois, deitado no chão, inconsciente, vomitando e sangrando pelo nariz.

Crise no Iraque

Um memorando confidencial entregue por assessores ao presidente americano, George W. Bush, questiona a capacidade do premiê iraquiano, Nouri Maliki, de tomar as rédeas da segurança no país, afirma o jornal The New York Times.

"Suas intenções são boas quando ele fala com os americanos (…) mas a realidade das ruas de Bagdá sugere que ou Maliki ignora o que está acontecendo, ou dissimula suas intenções, ou ainda não tem capacidade suficiente para transformar suas boas intenções em ações", transcreve o NYT.

O jornal diz que o memorando traça um retrato "sem verniz" de Maliki, no dia em que os dois líderes se encontram na Jordânia para discutir a segurança no Iraque.

Em editorial que acompanha a matéria, o NYT diz que Bush e Maliki precisam "dizer a verdade" um ao outro, assumindo a seriedade do problema.

"A menos que se faça algo em breve, o Oriente Médio viverá três guerras sangrentas: nos territórios palestinos, no Líbano e no Iraque", alertam os editorialistas.

Cessar-fogo ampliado

O cessar-fogo entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza – que vem se mantendo apesar da fragilidade – foi tema de artigos e análises em diversos jornais internacionais.

Em editorial, o israelense Ha'aretz sustenta que a iniciativa deve se estender também para a Cisjordânia, ainda que neste território palestino o grau de violência seja menor que na Faixa de Gaza.

Para o diário, existe entre israelenses e palestinos "uma atmosfera que pode levar ao início de negociações sérias entre as partes". Sinal disto seria o discurso "impressionante" do premiê israelense, Ehud Olmert, no domingo, em que ele mencionou a possibilidade de retomar negociações de paz com os palestinos. "Israel não deve desperdiçar esta oportunidade", diz o Ha'aretz.

Na mesma linha, o britânico The Times escreve que "pela primeira vez, em muitos meses, o retorno ao diálogo e um 'caminho das pedras' para a paz parece possível. Pode ser breve e efêmero; mas não pode ser desperdiçado".

Mais cético, o International Herald Tribune opina que o discurso do premiê israelense "pode se revelar apenas manobra política (…) Mas a oferta de Olmert pode se tornar um primeiro passo rumo a um acordo de paz que israelenses, palestinos e outros vizinhos desesperadamente necessitam".
 

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