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30/11/2006
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08h21
A comissão independente que estuda a estratégia americana no Iraque vai recomendar ao governo do presidente George W. Bush que retire gradualmente suas tropas no país, afirma matéria publicada na edição desta quinta-feira do jornal The New York Times.
A comissão, liderada pelo ex-secretário de Estado americano James Baker e pelo deputado democrata Lee Hamilton, afirmou na noite da quarta-feira que o relatório com as conclusões havia sido aprovada por unanimidade por seus dez membros.
Mas as recomendações só serão apresentadas oficialmente na próxima quarta-feira, 6 de dezembro.
De acordo com o NYT, que cita fontes do próprio grupo, o texto recomendará ao governo americano a retirada de 15 brigadas de combate, contingente descrito pelo jornal como "o grosso das tropas americanas no Iraque".
Uma brigada é constituída de 3 mil a 5 mil soldados. Atualmente, os Estados Unidos mantêm 160 mil soldados estacionados em solo iraquiano.
Segundo o jornal, o relatório não estabelece prazo para a retirada das tropas, nem esclarece se o contingente voltaria para casa ou seria reposicionado em países vizinhos, a partir dos quais pudesse proteger os americanos que permanecessem no Iraque - entre eles cerca de 70 mil especialistas em logística, treinamento e membros da forças de reação rápida.
A comissão, oficialmente chamada de Grupo de Estudos para o Iraque, deu início aos seus debates em março deste ano.
Diplomacia
As conclusões do grupo foram divulgadas no mesmo dia em que o Pentágono anunciou que reposicionaria seus soldados no Iraque, de forma a enviar mais dois ou três batalhões para Bagdá, afetada por uma onda de violência sectária.
Segundo o jornal, a comissão também recomenda que os Estados Unidos encampem "uma iniciativa muito mais agressiva no Oriente Médio do que a que Bush tem desejado realizar até agora".
Isto incluiria negociações diretas com o Irã e com a Síria, que poderiam se iniciar no contexto de debates regionais sobre o Iraque ou sobre o Oriente Médio como um todo.
Até agora, tanto a opção de retirar as tropas do Iraque quanto a de iniciar negociações com a Síria e o Irã têm sido rejeitadas pelo presidente Bush.
Na terça-feira, ele afirmou em um discurso em Riga, Letônia: "Uma coisa não vou fazer: não vou tirar as tropas do campo de batalha antes que a missão tenha sido completada".
O New York Times disse que o relatório permitirá aos republicanos afastar sua imagem da atual estratégia seguida pelo presidente.
Analistas dizem que o descontentamento popular com as decisões da Casa Branca foi um fator influente nas eleições de 6 de novembro, que deu aos democratas maioria no Congresso, há muitos anos dominado pelos republicanos.
Relatório vai sugerir retirada de tropas do Iraque, diz NYT
da BBC BrasilA comissão independente que estuda a estratégia americana no Iraque vai recomendar ao governo do presidente George W. Bush que retire gradualmente suas tropas no país, afirma matéria publicada na edição desta quinta-feira do jornal The New York Times.
A comissão, liderada pelo ex-secretário de Estado americano James Baker e pelo deputado democrata Lee Hamilton, afirmou na noite da quarta-feira que o relatório com as conclusões havia sido aprovada por unanimidade por seus dez membros.
Mas as recomendações só serão apresentadas oficialmente na próxima quarta-feira, 6 de dezembro.
De acordo com o NYT, que cita fontes do próprio grupo, o texto recomendará ao governo americano a retirada de 15 brigadas de combate, contingente descrito pelo jornal como "o grosso das tropas americanas no Iraque".
Uma brigada é constituída de 3 mil a 5 mil soldados. Atualmente, os Estados Unidos mantêm 160 mil soldados estacionados em solo iraquiano.
Segundo o jornal, o relatório não estabelece prazo para a retirada das tropas, nem esclarece se o contingente voltaria para casa ou seria reposicionado em países vizinhos, a partir dos quais pudesse proteger os americanos que permanecessem no Iraque - entre eles cerca de 70 mil especialistas em logística, treinamento e membros da forças de reação rápida.
A comissão, oficialmente chamada de Grupo de Estudos para o Iraque, deu início aos seus debates em março deste ano.
Diplomacia
As conclusões do grupo foram divulgadas no mesmo dia em que o Pentágono anunciou que reposicionaria seus soldados no Iraque, de forma a enviar mais dois ou três batalhões para Bagdá, afetada por uma onda de violência sectária.
Segundo o jornal, a comissão também recomenda que os Estados Unidos encampem "uma iniciativa muito mais agressiva no Oriente Médio do que a que Bush tem desejado realizar até agora".
Isto incluiria negociações diretas com o Irã e com a Síria, que poderiam se iniciar no contexto de debates regionais sobre o Iraque ou sobre o Oriente Médio como um todo.
Até agora, tanto a opção de retirar as tropas do Iraque quanto a de iniciar negociações com a Síria e o Irã têm sido rejeitadas pelo presidente Bush.
Na terça-feira, ele afirmou em um discurso em Riga, Letônia: "Uma coisa não vou fazer: não vou tirar as tropas do campo de batalha antes que a missão tenha sido completada".
O New York Times disse que o relatório permitirá aos republicanos afastar sua imagem da atual estratégia seguida pelo presidente.
Analistas dizem que o descontentamento popular com as decisões da Casa Branca foi um fator influente nas eleições de 6 de novembro, que deu aos democratas maioria no Congresso, há muitos anos dominado pelos republicanos.
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