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03/12/2006
-
15h31
da BBC Brasil, em Caracas
Com atraso na abertura dos postos de votação e longas filas, os venezuelanos votam neste domingo para escolher o novo presidente da República. Os dois principais candidatos são o presidente Hugo Chávez, no governo desde 1998, e o governador de Zulia, Manuel Rosales, candidato de uma coalizão da oposição.
As filas começaram a se formar a partir das 4 horas da manhã (6h de Brasília) em vários postos de votação, que deveriam ter aberto às 6 horas. Mas às 8h30 cerca de 20% das mesas ainda não haviam sido abertas, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Apesar disso, não havia relato de problemas mais sérios nos locais de votação.
Membros do CNE disseram que a participação popular deve superar a expectativa e poderá ser superior a 70%. O voto não é obrigatório na Venezuela, onde 16 milhões de eleitores estão registrados.
O vice-presidente, José Vicente Rangel, disse que o comparecimento deve ser recorde na história do país.
Reclamação
O oposicionista Manuel Rosales votou às 10 horas em Maracaibo, capital do Estado onde ele é governador.
Rosales afirmou que a situação estava tranqüila, mas que tinha recebido informações de que alguns eleitores que tinham votado nele na urna eletrônica recebiam o comprovante de papel em branco. "Estamos reclamando para o CNE", afirmou.
Rosales também disse que há mais problemas nas zonas eleitorais onde o voto historicamente é mais favorável à oposição.
Segundo ele, 36% das mesas eleitorais tinham problemas nos locais favoráveis à oposição, 20% nos locais onde o resultado era mais equilibrado e 5% nos locais mais favoráveis ao governo.
"Apesar dos problemas em algumas mesas, o processo acontece de maneira normal", afirmou Rosales. "O céu está azulzinho, o céu está brilhante", afirmou o candidato, que tinha o azul como cor de sua campanha.
O presidente Chávez votou às 11h30 em uma sessao eleitoral de um bairro pobre de Caracas e disse que o país vive um "dia de júbilo, um grande dia para a democracia".
"Estamos dando significado à democracia, estamos dando conteúdo à democracia", afirmou o presidente.
Chávez rejeitou as acusações do candidato oposicionista de que há mais problemas nos redutos eleitorais da oposição.
"Não me parece nada bom, especialmente no dia de hoje, começar a disseminar dúvidas. Não vamos começar a buscar desculpas desde cedo. Está sendo uma jornada memorável", afirmou o presidente.
Ele disse ainda que membros do governo já conversaram com integrantes da oposição "para garantir que eles respeitem o resultado da eleição".
Filas
Os dois principais candidatos fizeram um apelo a seus eleitores para que saíssem de casa para votar.
As filas eram grandes durante a manhã na maioria das sessões eleitorais da capital.
Às 10h30, o eleitor Miguel Mijares já esperava há duas horas e meia em uma sessão eleitoral no centro de Caracas, e ainda não havia chegado dentro do prédio, mas estava otimista.
"A quantidade de pessoas é muito grande, mas o fluxo está indo bem", afirmou. Ele disse que na última eleição, no ano passado, não conseguiu votar porque, apesar de passar o dia inteiro na fila, não conseguiu chegar até a mesa.
O horário de votação se encerra às 16 horas locais, mas se houver fila neste horário os postos ficarão abertos até que todos votem.
Apuração
A apuração só começa quando a votação estiver concluída em todo o país e, segundo as autoridades eleitorais, o resultado será conhecido em três horas.
As Forças Armadas são responsáveis pela segurança e a logística do processo de votação no chamado Plano República, com a participação de 126 mil militares. Os policiais estão aquartelados.
Desde a meia-noite de sábado até a meia-noite deste domingo estão proibidas as reuniões públicas. A venda de bebidas alcoólicas está proibida entre meio-dia de sábado e o meio-dia de segunda-feira.
A lei eleitoral proíbe a divulgação de pesquisas de intenção de voto ou de boca-de-urna até a apresentação do primeiro boletim oficial de apuração.
Mais de 300 observadores internacionais acompanham a eleição em todo o país. As maiores delegações são da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Européia.
Atraso e filas marcam início de votação na Venezuela
DENIZE BACOCCINAda BBC Brasil, em Caracas
Com atraso na abertura dos postos de votação e longas filas, os venezuelanos votam neste domingo para escolher o novo presidente da República. Os dois principais candidatos são o presidente Hugo Chávez, no governo desde 1998, e o governador de Zulia, Manuel Rosales, candidato de uma coalizão da oposição.
As filas começaram a se formar a partir das 4 horas da manhã (6h de Brasília) em vários postos de votação, que deveriam ter aberto às 6 horas. Mas às 8h30 cerca de 20% das mesas ainda não haviam sido abertas, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Apesar disso, não havia relato de problemas mais sérios nos locais de votação.
Membros do CNE disseram que a participação popular deve superar a expectativa e poderá ser superior a 70%. O voto não é obrigatório na Venezuela, onde 16 milhões de eleitores estão registrados.
O vice-presidente, José Vicente Rangel, disse que o comparecimento deve ser recorde na história do país.
Reclamação
O oposicionista Manuel Rosales votou às 10 horas em Maracaibo, capital do Estado onde ele é governador.
Rosales afirmou que a situação estava tranqüila, mas que tinha recebido informações de que alguns eleitores que tinham votado nele na urna eletrônica recebiam o comprovante de papel em branco. "Estamos reclamando para o CNE", afirmou.
Rosales também disse que há mais problemas nas zonas eleitorais onde o voto historicamente é mais favorável à oposição.
Segundo ele, 36% das mesas eleitorais tinham problemas nos locais favoráveis à oposição, 20% nos locais onde o resultado era mais equilibrado e 5% nos locais mais favoráveis ao governo.
"Apesar dos problemas em algumas mesas, o processo acontece de maneira normal", afirmou Rosales. "O céu está azulzinho, o céu está brilhante", afirmou o candidato, que tinha o azul como cor de sua campanha.
O presidente Chávez votou às 11h30 em uma sessao eleitoral de um bairro pobre de Caracas e disse que o país vive um "dia de júbilo, um grande dia para a democracia".
"Estamos dando significado à democracia, estamos dando conteúdo à democracia", afirmou o presidente.
Chávez rejeitou as acusações do candidato oposicionista de que há mais problemas nos redutos eleitorais da oposição.
"Não me parece nada bom, especialmente no dia de hoje, começar a disseminar dúvidas. Não vamos começar a buscar desculpas desde cedo. Está sendo uma jornada memorável", afirmou o presidente.
Ele disse ainda que membros do governo já conversaram com integrantes da oposição "para garantir que eles respeitem o resultado da eleição".
Filas
Os dois principais candidatos fizeram um apelo a seus eleitores para que saíssem de casa para votar.
As filas eram grandes durante a manhã na maioria das sessões eleitorais da capital.
Às 10h30, o eleitor Miguel Mijares já esperava há duas horas e meia em uma sessão eleitoral no centro de Caracas, e ainda não havia chegado dentro do prédio, mas estava otimista.
"A quantidade de pessoas é muito grande, mas o fluxo está indo bem", afirmou. Ele disse que na última eleição, no ano passado, não conseguiu votar porque, apesar de passar o dia inteiro na fila, não conseguiu chegar até a mesa.
O horário de votação se encerra às 16 horas locais, mas se houver fila neste horário os postos ficarão abertos até que todos votem.
Apuração
A apuração só começa quando a votação estiver concluída em todo o país e, segundo as autoridades eleitorais, o resultado será conhecido em três horas.
As Forças Armadas são responsáveis pela segurança e a logística do processo de votação no chamado Plano República, com a participação de 126 mil militares. Os policiais estão aquartelados.
Desde a meia-noite de sábado até a meia-noite deste domingo estão proibidas as reuniões públicas. A venda de bebidas alcoólicas está proibida entre meio-dia de sábado e o meio-dia de segunda-feira.
A lei eleitoral proíbe a divulgação de pesquisas de intenção de voto ou de boca-de-urna até a apresentação do primeiro boletim oficial de apuração.
Mais de 300 observadores internacionais acompanham a eleição em todo o país. As maiores delegações são da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Européia.
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