Publicidade
Publicidade
06/12/2006
-
16h11
da BBC Brasil, em Khao Lak (Tailândia)
Os corpos das últimas 125 vítimas não-identificadas do tsunami que arrasou partes do sul da Ásia há dois anos foram enterrados nesta quarta-feira na Tailândia.
A cerimônia de sepultamento no balneário de Khao Lak foi simples e começou com orações de representantes das religiões budista, muçulmana e cristã, já que não se sabe qual era o credo dos mortos.
Ao todo, cerca de 5,4 mil pessoas morreram no país em conseqüência do desastre natural – a maioria delas, turistas estrangeiros. Cerca de três mil pessoas continuam desaparecidas.
Os trabalhos de identificação dos corpos recuperados, muitas vezes em adiantado estado de decomposição, vêm sendo considerados o maior projeto de medicina legal da história.
Os últimos corpos a serem sepultados foram aqueles que as autoridades conseguiram identificar por meio de testes de DNA e por análises da arcada dentária.
Ilegais
Acredita-se que a maior parte dos enterrados em Khao Lak eram asiáticos - talvez muitos trabalhadores ilegais de Mianmar, cujas famílias não tiveram condições de viajar à Tailândia para reconhecer os corpos.
Foi construído um cemitério especial para as vítimas do tsunami em frente ao instituto médico legal de Khao Lak.
Os cadáveres foram enterrados com implantes de microchips dentro de caixões de alumínio, caso seja preciso desenterrá-los no futuro.
A cerimônia desta quarta-feira foi vista por muitos como um encerramento da traumática experiência do tsunami em Khao Lak, a região que mais sofreu com o tsunami na Tailândia.
O setor turístico da região demorou muito mais tempo para se recuperar do que no outro grande balneário tailandês, a Ilha de Phuket. Só recentemente, os hotéis começaram a registrar um aumento acentuado no número de turistas.
Alguns inclusive recuperaram os níveis de ocupação pré-tsunami, mas o rastro da destruição das ondas gigantes ainda pode ser visto.
A maior parte das casas e barcos pesqueiros destruídos foram reconstruídos em um enorme mutirão que envolveu milhares de estrangeiros.
Há até quem diga que houve reconstrução demais, já que o número de barcos pesqueiros na região hoje seria duas vezes maior do que antes do tsunami.
No entanto, dois anos depois da tragédia, muitos moradores ainda precisam de apoio psiquiátrico, depois de perder vários integrantes de suas famílias.
Dois anos depois, Tailândia enterra vítimas do tsunami
JONATHAN HEADda BBC Brasil, em Khao Lak (Tailândia)
Os corpos das últimas 125 vítimas não-identificadas do tsunami que arrasou partes do sul da Ásia há dois anos foram enterrados nesta quarta-feira na Tailândia.
A cerimônia de sepultamento no balneário de Khao Lak foi simples e começou com orações de representantes das religiões budista, muçulmana e cristã, já que não se sabe qual era o credo dos mortos.
Ao todo, cerca de 5,4 mil pessoas morreram no país em conseqüência do desastre natural – a maioria delas, turistas estrangeiros. Cerca de três mil pessoas continuam desaparecidas.
Os trabalhos de identificação dos corpos recuperados, muitas vezes em adiantado estado de decomposição, vêm sendo considerados o maior projeto de medicina legal da história.
Os últimos corpos a serem sepultados foram aqueles que as autoridades conseguiram identificar por meio de testes de DNA e por análises da arcada dentária.
Ilegais
Acredita-se que a maior parte dos enterrados em Khao Lak eram asiáticos - talvez muitos trabalhadores ilegais de Mianmar, cujas famílias não tiveram condições de viajar à Tailândia para reconhecer os corpos.
Foi construído um cemitério especial para as vítimas do tsunami em frente ao instituto médico legal de Khao Lak.
Os cadáveres foram enterrados com implantes de microchips dentro de caixões de alumínio, caso seja preciso desenterrá-los no futuro.
A cerimônia desta quarta-feira foi vista por muitos como um encerramento da traumática experiência do tsunami em Khao Lak, a região que mais sofreu com o tsunami na Tailândia.
O setor turístico da região demorou muito mais tempo para se recuperar do que no outro grande balneário tailandês, a Ilha de Phuket. Só recentemente, os hotéis começaram a registrar um aumento acentuado no número de turistas.
Alguns inclusive recuperaram os níveis de ocupação pré-tsunami, mas o rastro da destruição das ondas gigantes ainda pode ser visto.
A maior parte das casas e barcos pesqueiros destruídos foram reconstruídos em um enorme mutirão que envolveu milhares de estrangeiros.
Há até quem diga que houve reconstrução demais, já que o número de barcos pesqueiros na região hoje seria duas vezes maior do que antes do tsunami.
No entanto, dois anos depois da tragédia, muitos moradores ainda precisam de apoio psiquiátrico, depois de perder vários integrantes de suas famílias.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice