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07/12/2006 - 09h22

Contrabando de gasolina venezuelana para o Brasil aumenta, diz jornal

da BBC Brasil

A grande disparidade de preços entre a gasolina vendida no Brasil e na Venezuela está contribuindo para o aumento do contrabando na fronteira entre os dois países na região amazônica, segundo relata reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal The New York Times.

O jornal observa que o preço do galão (4,5 litros) do lado brasileiro da fronteira é de cerca de US$ 5, enquanto do lado venezuelano ele custa apenas US$ 0,17. “Como se poderia esperar, essa estrondosa disparidade gerou um crescente mercado de contrabando de gasolina nessa remota e pouco povoada região da Amazônia”, diz o texto.

“Os governos de ambos os países têm se movimentado para controlar o problema, mas o potencial de lucro é tão atrativo que qualquer medida que eles tomem simplesmente levará os contrabandistas a descobrir maneiras cada vez mais engenhosas de fugir da fiscalização”, comenta a reportagem.

Segundo o jornal, as diferenças de preço foram intensificadas pelas diferentes políticas energéticas adotadas pelos países.

A reportagem observa que a Venezuela é membro da Opep e um dos maiores produtores e exportadores de petróleo do mundo, produzindo 2,8 milhões de barris por dia.

Isso teria “permitido ao presidente Hugo Chávez adotar políticas petro-populistas”, levando os venezuelanos a comentar que seu país “deve ser o único no mundo onde um galão de água é mais caro que um galão de gasolina”.

O problema levou os governos a agir com controles na venda de gasolina no lado venezuelano da fronteira e uma maior fiscalização na região, segundo a reportagem.

Grupo de Estudos para o Iraque

Um editorial do jornal The Washington Post comenta a divulgação do relatório do Grupo de Estudos para o Iraque com as recomendações para a política americana para o país, dizendo que suas colocações são “uma opção que vale a pena tentar e sobre a qual americanos e iraquianos podem concordar”.

Para o jornal, o maior êxito do grupo foi “unir cinco republicanos e cinco democratas proeminentes atrás do plano”. E, como os coordenadores do grupo, observam, “o país precisa desesperadamente construir um consenso bipartidário sobre a guerra”.

O editorial argumenta, porém, que o que falta ao relatório é o que fazer se suas sugestões iniciais não derem resultado – “se, apesar de mais treinamento, diplomacia e pressão para a reconciliação política iraquiana, a incipiente guerra civil se intensificar ou o Exército e o governo permanecerem fracos demais para sobreviver por sua conta”.

“Nesse cenário mais que possível, os democratas provavelmente pressionariam por uma retirada das tropas americanas mesmo assim, enquanto Bush já disse que não vai ‘retirar as tropas do campo de batalha antes de a missão ser completada'”.

Para o jornal, o grupo de estudos evitou o longo debate entre “permanecer ou sair” do Iraque, mas seu relatório não deve encerrá-lo.

O New York Times, por sua vez, diz que o relatório provê “uma cobertura política” para uma retirada honrosa do Iraque e Bush deveria aproveitá-la, apesar de rejeitar publicamente a possibilidade.

“O Iraque está tão perdido que ninguém esperava que o painel trouxesse uma solução mágica”, diz o editorial. “E o estudo não poderia mudar os fatos básicos: não há uma vitória possível no Iraque, e de qualquer forma que as tropas americanas deixem o país, deixarão atrás de si uma grande confusão.”

Para o jornal, a verdadeira missão do grupo “era evitar o pior cenário, no qual um teimoso George W. Bush passa os próximos dois anos insistindo cegamente que não aceitará menos que a vitória, enquanto o Iraque permanece fora de controle e os iraquianos ficam mais longe de conseguir conter o caos após a saída dos americanos”.

O New York Times diz que o relatório é “uma impressionante declaração de fracasso de Bush”, mas suas recomendações estão “em uma linguagem suficientemente vaga para permitir que o presidente as tome como ‘o novo caminho adiante’ sobre o qual seus aliados vinham falando”.

O jornal britânico Financial Times, por sua vez, diz em seu editorial que o painel estabeleceu objetivos possíveis de serem cumpridos e que troca a retórica neo-conservadora americana sobre espalhar a democracia pelo Oriente Médio por ações que impeçam a disseminação do conflito.

“Os objetivos e presunções dos neo-conservadores e falcões liberais que defendiam a invasão de 2003 e ainda ameaçavam uma guerra com o vizinho Irã foram trocados pelos objetivos ‘realistas’ que caracterizaram a política externa americana quando o pai de George W. Bush era presidente e James Baker seu secretário de Estado”, afirma um artigo do jornal.

Para o FT, “em vez de espalhar a democracia pela região, como o governo Bush contemplava em 2003, o relatório quer impedir que as chamas do conflito se espalhem para além do Iraque”.
 

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