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18/12/2006 - 16h49

Papa autoriza reconhecimento do segundo milagre de frei Galvão

ASSIMINA VLAHOU
da BBC Brasil, em Roma

O papa Bento 16 autorizou no sábado o reconhecimento do segundo milagre atribuído a frei Galvão. É o último passo antes da canonização do frade franciscano, que deve se tornar o primeiro santo nascido no Brasil.

A decisão do pontífice deverá ser publicada como decreto pela Congregação para a Causa dos Santos nesta quinta-feira. Depois disso, o suposto milagre poderá ser divulgado.

O frade Antonio de Sant'Anna Galvão já havia sido declarado beato pelo papa João Paulo 2° em outubro de 1998.

"A promulgação do decreto significa que o frei será mesmo canonizado, mas falta o último passo que é o concistório público", explica a irmã Celia Cadorin, religiosa brasileira que representa, junto ao Vaticano, a causa da Diocese de São Paulo pela canonização do frade.

O concistório é a reunião dos cardeais que compõem o colégio cardinalício, que deve ocorrer entre janeiro e fevereiro do ano que vem.

Durante o encontro, o papa poderá anunciar a data da canonização.

Visita do papa

Segundo Célia Cadorin, a cerimônia pode ser em maio, durante a visita do papa ao Brasil.

"Estamos torcendo, esperando por esta graça, que seria o milagre do milagre", declarou.

Frei Galvão nasceu em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, em 1739.

Ele viveu na capital entre 1762 e 1822, onde fundou o mosteiro da Luz e ficou conhecido por suas "pílulas", pedacinhos de papel que contêm uma oração para Nossa Senhora.

Segundo seus fiéis, a ingestão dos bilhetinhos tem o dom de curar pessoas com problemas renais e parturientes com dificuldades.

"Ainda hoje há filas enormes no mosteiro da Luz, onde as freiras preparam as pílulas", diz irmã Celia Cadorim.

A primeira santa brasileira é considerada madre Paulina. Ela nasceu na Itália e se mudou para o Brasil aos 10 anos de idade, em 1875, sendo canonizada pelo papa João Paulo 2° em maio de 2002.

No mesmo dia em que aprovou a canonização de frei Galvão, o papa Bento 16 autorizou também a promulgação do decreto que reconhece o martírio de outros três brasileiros.

São eles o sacristão de 16 anos de idade, Adilio Daronch, morto no Rio Grande do Sul em 1924, Albertina Berkenbrock, morta aos 13 anos de idade em Santa Catarina e irmã Lindalva Justo de Oliveira, assassinada em Salvador em 1993, aos 40 anos de idade.

Os três serão beatificados no ano que vem, nas cidades onde viveram.

Especial
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