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29/12/2006
-
20h09
O governo brasileiro emitiu nota nesta sexta-feira dizendo que não crê que a execução do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein vá contribuir para a pacificação do Iraque.
"Por princípio, o Brasil é contrário à pena de morte, vedada pela Constituição Federal", diz a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores. "Ademais, não crê que a execução da sentença venha a contribuir para a pacificação do Iraque."
O Itamaraty ressalva que o regime de Saddam Hussein foi "sem dúvida, marcado por seguidos atos de violência contra a população de seu país e por brutal cerceamento das liberdades".
"O assassinato de 148 pessoas na cidade de Dujail, em 1982, objeto do julgamento em questão, é um dos exemplos", afirma o Itamaraty sobre o crime que provocou a condenação.
Por outro lado, o Brasil critica a forma pela qual ele foi deposto, com uma ação militar liderada por forças americanas e sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, descrito na nota como o "único órgão multilateral com legitimidade para determinar o uso da força no plano internacional".
"A intransigência e os erros de parte a parte dificultaram a busca de iniciativas capazes de conter o governo de Saddam Hussein por meios pacíficos", afirma o Itamaraty, acrescentando que a alegada razão para a invasão do Iraque - a existência de armas de destruição em massa - nunca foi comprovada.
O Ministério das Relações Exteriores também lembra a tentativa do Brasil de "até o último momento encontrar solução pacífica para a questão iraquiana".
"O presidente Lula conversou com vários líderes internacionais e enviou mensagens ao Secretário-Geral da ONU e ao Papa João Paulo II em favor de alternativas que pudessem evitar o conflito armado ou seu prolongamento."
No início da semana, a Justiça iraquiana decidiu manter a sentença de morte contra Saddam, que foi condenado no último dia 5 de novembro pela morte de 148 xiitas na cidade de Dujail, em 1982.
Para Brasil, execução de Saddam não contribui para paz no Iraque
da BBC BrasilO governo brasileiro emitiu nota nesta sexta-feira dizendo que não crê que a execução do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein vá contribuir para a pacificação do Iraque.
"Por princípio, o Brasil é contrário à pena de morte, vedada pela Constituição Federal", diz a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores. "Ademais, não crê que a execução da sentença venha a contribuir para a pacificação do Iraque."
O Itamaraty ressalva que o regime de Saddam Hussein foi "sem dúvida, marcado por seguidos atos de violência contra a população de seu país e por brutal cerceamento das liberdades".
"O assassinato de 148 pessoas na cidade de Dujail, em 1982, objeto do julgamento em questão, é um dos exemplos", afirma o Itamaraty sobre o crime que provocou a condenação.
Por outro lado, o Brasil critica a forma pela qual ele foi deposto, com uma ação militar liderada por forças americanas e sem o aval do Conselho de Segurança da ONU, descrito na nota como o "único órgão multilateral com legitimidade para determinar o uso da força no plano internacional".
"A intransigência e os erros de parte a parte dificultaram a busca de iniciativas capazes de conter o governo de Saddam Hussein por meios pacíficos", afirma o Itamaraty, acrescentando que a alegada razão para a invasão do Iraque - a existência de armas de destruição em massa - nunca foi comprovada.
O Ministério das Relações Exteriores também lembra a tentativa do Brasil de "até o último momento encontrar solução pacífica para a questão iraquiana".
"O presidente Lula conversou com vários líderes internacionais e enviou mensagens ao Secretário-Geral da ONU e ao Papa João Paulo II em favor de alternativas que pudessem evitar o conflito armado ou seu prolongamento."
No início da semana, a Justiça iraquiana decidiu manter a sentença de morte contra Saddam, que foi condenado no último dia 5 de novembro pela morte de 148 xiitas na cidade de Dujail, em 1982.
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