Publicidade
Publicidade
25/01/2007
-
11h45
Cientistas encontraram em cavernas na planície de Nullarbor, no sul da Austrália, uma coleção de fósseis de animais que viveram entre 400 mil e 800 mil anos atrás.
Entre eles estão fósseis de 23 espécies de cangurus - 8 delas, totalmente novas para a ciência.
Os pesquisadores disseram à revista científica Nature que encontraram ainda um fóssil completo de Thylacoleo carnifex, um leão marsupial extinto.
Fotos das escavações e de fósseis
Aparentemente, os animais caíram em buracos que se abriram na planície e depois fecharam com o passar dos milênios.
A maioria deles morreu instantaneamente, mas outros chegaram a sobreviver a uma queda de 20 metros e tentaram voltar à superfície caminhando por rochas até pereceram de fome e sede ou por causa dos ferimentos sofridos.
O chefe do estudo, Gavin Prideaux, disse à Nature que o estado de conservação dos fósseis é impressionante.
No total, 69 espécies de vertebrados foram identificadas em três áreas da caverna que os cientistas passaram de chamar Cavernas Thylacoleo.
Há mamíferos, aves e répteis. Os cangurus variam de animais do tamanho de um rato a espécies de até 3 metros.
Solo árido
Pesquisas indicam que o ambiente em Nullarbor era muito semelhante ao de hoje - uma região de solo árido com pouco mais de 200 mm de chuva por ano.
O que mudou significativamente foi a vegetação.
Alguns cientistas acreditam que o principal fator para a extinção de animais de grande porte que habitavam a região foram mudanças climáticas - com grandes oscilações em temperatura e precipitação.
Mas há uma outra teoria para o fenômeno, ligada à presença humana. Diretamente - por caça, ou indiretamente - por transformação do ambiente através de queimadas, os seres humanos podem ter provocado a extinção desses animais de grande porte.
A visão dos pesquisadores que descobriram os fósseis se encaixa mais nesta segunda hipótese, rejeitando a primeira, de clima.
"Como estes animais eram bem adaptados ao clima seco, dizer que o clima acabou com eles não é adequado. Estes animais sobreviveram o pior que a natureza podia lançar contra eles", disse à BBC Bert Roberts, co-autor do projeto.
"Se você examinar os últimos quatro ou cinco ciclos glaciais, onde idades do gelo vem e vão, os animais certamente sofreram mas não se extinguiram - eles sofreram mas sobreviveram", afirmou o cientista, da Universidade de Wollongong.
Fósseis de 69 espécies são descobertos na Austrália
da BBC BrasilCientistas encontraram em cavernas na planície de Nullarbor, no sul da Austrália, uma coleção de fósseis de animais que viveram entre 400 mil e 800 mil anos atrás.
Entre eles estão fósseis de 23 espécies de cangurus - 8 delas, totalmente novas para a ciência.
Os pesquisadores disseram à revista científica Nature que encontraram ainda um fóssil completo de Thylacoleo carnifex, um leão marsupial extinto.
![](http://www.bbc.co.uk/portuguese/images/furniture/button_open.gif)
Aparentemente, os animais caíram em buracos que se abriram na planície e depois fecharam com o passar dos milênios.
A maioria deles morreu instantaneamente, mas outros chegaram a sobreviver a uma queda de 20 metros e tentaram voltar à superfície caminhando por rochas até pereceram de fome e sede ou por causa dos ferimentos sofridos.
O chefe do estudo, Gavin Prideaux, disse à Nature que o estado de conservação dos fósseis é impressionante.
No total, 69 espécies de vertebrados foram identificadas em três áreas da caverna que os cientistas passaram de chamar Cavernas Thylacoleo.
Há mamíferos, aves e répteis. Os cangurus variam de animais do tamanho de um rato a espécies de até 3 metros.
Solo árido
Pesquisas indicam que o ambiente em Nullarbor era muito semelhante ao de hoje - uma região de solo árido com pouco mais de 200 mm de chuva por ano.
O que mudou significativamente foi a vegetação.
Alguns cientistas acreditam que o principal fator para a extinção de animais de grande porte que habitavam a região foram mudanças climáticas - com grandes oscilações em temperatura e precipitação.
Mas há uma outra teoria para o fenômeno, ligada à presença humana. Diretamente - por caça, ou indiretamente - por transformação do ambiente através de queimadas, os seres humanos podem ter provocado a extinção desses animais de grande porte.
A visão dos pesquisadores que descobriram os fósseis se encaixa mais nesta segunda hipótese, rejeitando a primeira, de clima.
"Como estes animais eram bem adaptados ao clima seco, dizer que o clima acabou com eles não é adequado. Estes animais sobreviveram o pior que a natureza podia lançar contra eles", disse à BBC Bert Roberts, co-autor do projeto.
"Se você examinar os últimos quatro ou cinco ciclos glaciais, onde idades do gelo vem e vão, os animais certamente sofreram mas não se extinguiram - eles sofreram mas sobreviveram", afirmou o cientista, da Universidade de Wollongong.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice