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08/02/2007
-
17h36
da BBC Brasil, em Tel Aviv
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, rejeitou o pedido do ministro da Defesa, Amir Peretz, que exigiu a suspensão imediata das escavações iniciadas na terça-feira perto da Mesquita de El Aksa, em Jerusalém.
Em uma carta urgente a Olmert, Peretz afirmou que as escavações causam uma grande tensão em todo o mundo islâmico e podem gerar uma escalada da violência na região.
O primeiro-ministro, no entanto, disse que os argumentos contra as escavações "não têm fundamento".
O líder do movimento islâmico em Israel, Sheikh Raed Salah, declarou que os trabalhos "põem em risco a Mesquita de El Aksa", considerada o terceiro lugar mais sagrado para a religião islâmica.
De acordo com as autoridades israelenses, as escavações estão sendo feitas fora da Esplanada das Mesquitas e são necessárias para a reconstrução de uma rampa de acesso, que estava desabando e leva do Muro das Lamentações às mesquitas.
"Terceira Intifada"
Os ativistas do movimento islâmico consideram os trabalhos uma intrusão no local sagrado.
"Estamos protestando contra as escavações, pois a rampa tem 800 anos de idade e tudo que se encontra por baixo dela pertence aos muçulmanos e não aos judeus. O objetivo de Israel é transformar a mesquita em uma sinagoga", disse o porta-voz do movimento islâmico, Zahi Nudjidat.
Um dos líderes da população árabe israelense, Mohamed Zidan, afirmou que a continuação das escavações pode levar a uma "terceira Intifada".
"O mundo árabe não se calará diante das ações de Israel, se as obras continuarem a situação será pior do que a última Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense)", disse Zidan.
O rei Abdullah, da Jordânia, tambem criticou as obras e afirmou que "as escavações representam um ato de violência e prejudicam o processo de paz".
Estado de alerta
O arqueólogo Meir Ben Dov disse à radio estatal israelense que as escavações são desnecessárias. De acordo com Ben Dov, os problemas da rampa poderiam ser resolvidos com trabalhos menores e sem escavações no local.
Já o editorial do jornal Haaretz apóia a posição do governo e acusa o movimento islâmico de aproveitar a oportunidade para "incitar" contra Israel.
"O incitamento contra a construção da ponte é uma tentativa clara de abalar o status quo no local e não pode afetar a decisão das autoridades israelenses de substituir a ponte provisória. Os esforços das forças de segurança para garantir a continuação dos trabalhos merecem todo o apoio", diz o editorial.
A policia de Jerusalém entrou em estado de alerta e proibiu a entrada na mesquita de muçulmanos com idade abaixo de 45 anos.
Obra perto de mesquita divide governo israelense
GUILA FLINTda BBC Brasil, em Tel Aviv
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, rejeitou o pedido do ministro da Defesa, Amir Peretz, que exigiu a suspensão imediata das escavações iniciadas na terça-feira perto da Mesquita de El Aksa, em Jerusalém.
Em uma carta urgente a Olmert, Peretz afirmou que as escavações causam uma grande tensão em todo o mundo islâmico e podem gerar uma escalada da violência na região.
O primeiro-ministro, no entanto, disse que os argumentos contra as escavações "não têm fundamento".
O líder do movimento islâmico em Israel, Sheikh Raed Salah, declarou que os trabalhos "põem em risco a Mesquita de El Aksa", considerada o terceiro lugar mais sagrado para a religião islâmica.
De acordo com as autoridades israelenses, as escavações estão sendo feitas fora da Esplanada das Mesquitas e são necessárias para a reconstrução de uma rampa de acesso, que estava desabando e leva do Muro das Lamentações às mesquitas.
"Terceira Intifada"
Os ativistas do movimento islâmico consideram os trabalhos uma intrusão no local sagrado.
"Estamos protestando contra as escavações, pois a rampa tem 800 anos de idade e tudo que se encontra por baixo dela pertence aos muçulmanos e não aos judeus. O objetivo de Israel é transformar a mesquita em uma sinagoga", disse o porta-voz do movimento islâmico, Zahi Nudjidat.
Um dos líderes da população árabe israelense, Mohamed Zidan, afirmou que a continuação das escavações pode levar a uma "terceira Intifada".
"O mundo árabe não se calará diante das ações de Israel, se as obras continuarem a situação será pior do que a última Intifada (levante palestino contra a ocupação israelense)", disse Zidan.
O rei Abdullah, da Jordânia, tambem criticou as obras e afirmou que "as escavações representam um ato de violência e prejudicam o processo de paz".
Estado de alerta
O arqueólogo Meir Ben Dov disse à radio estatal israelense que as escavações são desnecessárias. De acordo com Ben Dov, os problemas da rampa poderiam ser resolvidos com trabalhos menores e sem escavações no local.
Já o editorial do jornal Haaretz apóia a posição do governo e acusa o movimento islâmico de aproveitar a oportunidade para "incitar" contra Israel.
"O incitamento contra a construção da ponte é uma tentativa clara de abalar o status quo no local e não pode afetar a decisão das autoridades israelenses de substituir a ponte provisória. Os esforços das forças de segurança para garantir a continuação dos trabalhos merecem todo o apoio", diz o editorial.
A policia de Jerusalém entrou em estado de alerta e proibiu a entrada na mesquita de muçulmanos com idade abaixo de 45 anos.
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