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14/02/2007 - 07h28

Brasileiros só acreditam na lei da selva, diz jornal alemão

da BBC Brasil

Acuados pela violência, os brasileiros só acreditam na lei da selva e estão corroídos pelo medo, segundo afirma reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal alemão Der Tagesspiegel.

Sob o título “Ipanema queima – traficantes, mafiosos e policiais lutam pelo poder no Rio de Janeiro”, a reportagem relata a crescente onda de violência na cidade, que levou o governo federal a enviar ao Estado tropas da Força Nacional de Segurança.

“No domingo, nove pessoas morreram em um tiroteio entre traficantes e a polícia. Eles são as últimas vítimas de uma insanidade que tomou o Rio de Janeiro: no ano passado, 48 mil pessoas morreram vítimas de facadas ou tiros, três vezes mais do que em acidentes de trânsito”, relata o jornal.

A reportagem comenta que, por conta da violência, “nos subúrbios e nas favelas nem taxistas nem oficiais de Justiça se arriscam”.

O jornal lista, entre as causas da criminalidade, “o desemprego, a desigualdade social, a corrupção e a lentidão da Justiça”, entre outras coisas.

A reportagem diz porém que “há ainda uma outra causa, da qual normalmente não se fala: os brasileiros acreditam apenas na lei da selva”. “Eles estão corroídos pelo medo”, diz o texto.

Irlanda na novela

Uma nova novela da rede Globo, que estréia em maio, poderá ajudar a divulgar o turismo na Irlanda para os viajantes brasileiros, segundo reportagem publicada pelo diário irlandês Irish Times.

Eterna Magia terá parte de sua trama baseada na Irlanda nos anos 1940, com Malu Mader no papel de uma pianista que tenta a sorte no Velho Continente, relata o jornal.

Segundo a reportagem, “em antecipação à estréia da novela, vários grandes jornais publicaram reportagens sobre a Irlanda em suas seções de turismo, e a estréia da Irlanda no universo das novelas brasileiras pode prover um impulso inesperado para o turismo irlandês”.

“Uma recente novela com locações na Grécia levou a um aumento no número de brasileiros visitando o país, e uma série anterior que se passava parcialmente em um navio de cruzeiro ajudou a aumentar o interesse dos brasileiros sobre os cruzeiros de turismo”, informa o Irish Times.

O jornal observa que, ao contrário das telenovelas irlandesas ou britânicas, conhecidas por seus pesados dramas realistas, as novelas brasileiras “preferem em lugar disso locações glamourosas e elenco inacreditavelmente belo”.

Segundo a reportagem, a presença da Irlanda na novela poderá ter ainda um impacto em outros países para os quais ela será vendida. “Apenas no ano passado, a Globo vendeu suas novelas para 73 países, com uma audiência global diária de 100 milhões de pessoas, além das dezenas de milhões no Brasil”, diz o jornal.

Mal-estar no Carnaval

Reportagem publicada nesta quarta-feira pelo diário espanhol El Mundo comenta a polêmica sobre a presença de músicos estrangeiros no Carnaval de Salvador, dizendo que ela cria “um mal-estar entre os puristas da grande data lúdica e cultural do gigante ibero-americano”.

O jornal comenta que o próprio ministro da Cultura, Gilberto Gil, vem convidando estrangeiros para se apresentar com ele durante o Carnaval – no ano passado foi Bono, neste ano será Shakira.

“Mas a colombiana não será a única estrela de renome a aparecer na Bahia durante esse período. Ali estarão, entre outros, Robert de Niro, Oprah Winfrey, Carlos Santana, Fatboy Slim e Ziggy Marley. Os três últimos também atuarão para o público, roubando espaço do axé, a música baiana por excelência, e de outros ritmos afro-brasileiros”, relata o diário.

A reportagem comenta ainda que, “junto a eles, milhares de turistas com dinheiro ocuparão os camarotes e o estreito espaço que rodeia os trios elétricos, escoltados por policiais e por um cordão de segurança”.

“De fora ficará a pipoca, onde milhões de negros baianos sem dinheiro para comprar a entrada ao camarote ou o abadá lutarão para dançar e se divertir em um espaço mínimo, entre golpes e empurrões da polícia e os marginais”, diz o jornal.

A reportagem afirma que, com isso, “ano após ano, os baianos se vêem cada vez mais fora de sua própria festa, e o mal-estar e os protestos crescem”.
 

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