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26/02/2007 - 07h05

Uruguaios têm grandes expectativas com visita de Lula, diz jornal

da BBC Brasil

A visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz nesta segunda-feira ao Uruguai está criando uma grande expectativa no país, tanto no governo quanto na oposição e também entre o empresariado, segundo afirma reportagem do diário uruguaio El País.

Segundo o jornal, esses setores “esperam que se estabeleçam as bases de uma melhoria concreta das possibilidades do Uruguai no Mercosul”.

Em uma entrevista por escrito que concedeu ao diário uruguaio, Lula anunciou investimentos brasileiros em vários setores no Uruguai e “disse que seu governo deu ‘claros exemplos’ para que se resolva o problema das assimetrias” no bloco comercial.

“Lula disse na entrevista que todos os sócios do Mercosul devem estar satisfeitos com os ‘benefícios e vantagens’ obtidos dentro da região”, relata o jornal.

O diário argentino La Nación comenta que a visita de Lula tenta se antecipar à visita ao Uruguai do presidente americano George W. Bush para “tentar solucionar uma das reclamações que fazem tremer o Mercosul”.

“Durante sua visita de seis horas, o presidente buscará convencer seu colega uruguaio, Tabaré Vázquez, a permanecer no bloco regional diante das tentativas da Casa Branca de firmar um tratado de livre comércio com o Uruguai”, diz a reportagem.

Segundo o Nación, “para fazer isso, a comitiva brasileira encabeçada por Lula chega a Montevidéu com as malas carregadas de atrações”.

Entre essas atrações estariam investimentos da Petrobrás e do BNDES no Uruguai, além de propostas para facilitar a entrada de produtos uruguaios no Brasil.

O diário financeiro argentino El Cronista Comercial, por sua vez, observa que o governo uruguaio “foi o mais crítico durante a recente cúpula presidencial do Mercosul no Rio de Janeiro, onde lançou um ultimato virtual para que os sócios maiores destinem mais recursos para reduzir as assimetrias”.

TV digital

Outra reportagem do diário La Nación nesta segunda-feira relata a chegada à Argentina de uma missão japonesa para tentar convencer o governo argentino a adotar o sistema japonês de TV digital, já adotado pelo Brasil.

Segundo a reportagem, representantes dos três principais sistemas de TV digital – além do japonês, o europeu e o americano – “estão jogando suas últimas cartas para seduzir os funcionários do governo e ficar com um negócio de milhões de dólares em vendas de conversores”.

Antes da missão japonesa, membros do governo haviam se reunido na semana passada com uma delegação do governo da Coréia do Sul, que adotou o sistema americano, para conhecer sua experiência.

E no início do mês, representantes do sistema europeu já haviam mantido contato com o governo argentino durante uma conferência tecnológica em Barcelona.

Segundo o jornal, o governo manifestou a intenção de adotar uma posição conjunta com Chile e Colômbia, mas a possibilidade é vista como pouco plausível, já que os dois países não fazem parte do Mercosul, o que torna mais difícil projetos conjuntos de tecnologia.

Para um analista ouvido pelo jornal, a associação mais óbvia para a escolha seria com o Brasil, mas o governo brasileiro se adiantou e anunciou a adoção do sistema japonês no ano passado.

Diplomacia de Chávez

A diplomacia do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é alvo de críticas de um editorial publicado nesta segunda-feira pelo diário espanhol El País.

O jornal diz que Chávez rechaça comentários de líderes políticos estrangeiros sobre suas políticas como intervenção em assuntos internos de seu país, mas que não se abstém de fazer ele mesmo comentários sobre outros países.

“Interferir, para Chávez, é o que fazem os demais, nunca o que ocorre com ele”, diz o texto.

O editorial observa que, antes da visita de Bush à região, os países latino-americanos, com a exceção da Bolívia de Evo Morales, “aspiram ao melhor dos mundos: a generosidade venezuelana e a compreensão de Washington”.

O Brasil de Lula, porém, na visão do jornal, “se considera acima de tudo o que Chávez possa oferecer”. “Seu lema é nem Caracas nem Washington, só Brasília. Por isso, Lula receberá encantado ao presidente Bush”, conclui o editorial.
 

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