Publicidade
Publicidade
06/03/2007
-
19h02
da BBC Brasil, em Roma
O sucessor de Cláudio Hummes no comando da maior arquidiocese católica do Brasil poderá ser conhecido nesta quarta-feira.
Tanto em São Paulo como em Roma, fala-se em muitos nomes e uma única certeza: o novo arcebispo de São Paulo será moralmente afinado com as posturas do Vaticano, característica de todas as nomeações do papa Bento 16 e do antecessor João Paulo 2º.
Entre os mais cotados por especialistas e religiosos consultados pela BBC Brasil estão: o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Odilo Pedro Scherer, por sua proximidade com o Vaticano e juventude (ele tem 57 anos); o arcebispo metropolitano de Belém, Orani João Tempesta, devido ao engajamento em causas sociais e firmeza na defesa da doutrina católica;Pedro Luiz Stringhini, bispo-auxiliar de São Paulo, conhecido pelo bom trânsito entre diferentes alas da igreja.
Também são citados como candidatos o arcebispo de Fortaleza, José Tosi Marques, o arcebispo de Florianópolis, Murilo Krieger, e o presidente da CNBB e cardeal arcebispo de Salvador, Geraldo Majella Agnelo.
Dom Raymundo Damasceno, ex-secretário-geral da CNBB e arcebispo de Aparecida, ganhou força devido à experiência na organização de grandes eventos, como a visita do papa, entre 9 e 13 de maio.
O espanhol Manuel Parrado Carral, ao assumir como administrador apostólico da arquidiocese paulistana, é outro na disputa.
Sugestões
Vaticanistas italianos acreditam que o papa Bento 16 queira apresentar já nesta quarta-feira a nomeacão. Assim, o arcebispo teria tempo, segundo o direito canônico, de ser empossado antes da viagem do papa ao Brasil.
Nada impede, no entanto, que o papa faça o anúncio em uma das próximas quartas-feiras (quando é costume no Vaticano este tipo de nomeação) ou mesmo nos próximos anos.
Desde 30 de outubro do ano passado, quando foi anunciada a nomeação de dom Cláudio como prefeito da Congregação para o Clero, sugestões foram entregues ao pontífice.
Oficialmente, todos os bispos do Brasil têm chance, mas as particularidades da arquidiocese com seus 6 milhões de católicos limitam as escolhas.
"Estamos rezando e esperando ansiosos pelo novo arcebispo", disse, sem citar nomes, o padre Ricardo Dias da Silva, responsável pela edição brasileira do jornal oficial do Vaticano.
Eleição silenciosa
Diferente das eleições políticas, a campanha de um arcebispo é silenciosa e impessoal. São os grupos religiosos ligados aos religiosos que se mobilizam.
"Todas as forças estão preocupadas com esta escolha", disse Fernando Altemeyer Júnior, professor e ouvidor da PUC-SP e ex-assessor da arquidiocese.
"Membros da Opus Dei defendem um arcebispo comprometido com eles. O mesmo fazem os carismáticos, os libertadores e outros."
"A melhor aposta no momento é aguardar", disse. "Nomes bem cotados já desapareceram do cenário. A decisão está nas mãos do papa."
Papa pode anunciar novo arcebispo de SP nesta quarta
VALQUÍRIA REYda BBC Brasil, em Roma
O sucessor de Cláudio Hummes no comando da maior arquidiocese católica do Brasil poderá ser conhecido nesta quarta-feira.
Tanto em São Paulo como em Roma, fala-se em muitos nomes e uma única certeza: o novo arcebispo de São Paulo será moralmente afinado com as posturas do Vaticano, característica de todas as nomeações do papa Bento 16 e do antecessor João Paulo 2º.
Entre os mais cotados por especialistas e religiosos consultados pela BBC Brasil estão: o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Odilo Pedro Scherer, por sua proximidade com o Vaticano e juventude (ele tem 57 anos); o arcebispo metropolitano de Belém, Orani João Tempesta, devido ao engajamento em causas sociais e firmeza na defesa da doutrina católica;Pedro Luiz Stringhini, bispo-auxiliar de São Paulo, conhecido pelo bom trânsito entre diferentes alas da igreja.
Também são citados como candidatos o arcebispo de Fortaleza, José Tosi Marques, o arcebispo de Florianópolis, Murilo Krieger, e o presidente da CNBB e cardeal arcebispo de Salvador, Geraldo Majella Agnelo.
Dom Raymundo Damasceno, ex-secretário-geral da CNBB e arcebispo de Aparecida, ganhou força devido à experiência na organização de grandes eventos, como a visita do papa, entre 9 e 13 de maio.
O espanhol Manuel Parrado Carral, ao assumir como administrador apostólico da arquidiocese paulistana, é outro na disputa.
Sugestões
Vaticanistas italianos acreditam que o papa Bento 16 queira apresentar já nesta quarta-feira a nomeacão. Assim, o arcebispo teria tempo, segundo o direito canônico, de ser empossado antes da viagem do papa ao Brasil.
Nada impede, no entanto, que o papa faça o anúncio em uma das próximas quartas-feiras (quando é costume no Vaticano este tipo de nomeação) ou mesmo nos próximos anos.
Desde 30 de outubro do ano passado, quando foi anunciada a nomeação de dom Cláudio como prefeito da Congregação para o Clero, sugestões foram entregues ao pontífice.
Oficialmente, todos os bispos do Brasil têm chance, mas as particularidades da arquidiocese com seus 6 milhões de católicos limitam as escolhas.
"Estamos rezando e esperando ansiosos pelo novo arcebispo", disse, sem citar nomes, o padre Ricardo Dias da Silva, responsável pela edição brasileira do jornal oficial do Vaticano.
Eleição silenciosa
Diferente das eleições políticas, a campanha de um arcebispo é silenciosa e impessoal. São os grupos religiosos ligados aos religiosos que se mobilizam.
"Todas as forças estão preocupadas com esta escolha", disse Fernando Altemeyer Júnior, professor e ouvidor da PUC-SP e ex-assessor da arquidiocese.
"Membros da Opus Dei defendem um arcebispo comprometido com eles. O mesmo fazem os carismáticos, os libertadores e outros."
"A melhor aposta no momento é aguardar", disse. "Nomes bem cotados já desapareceram do cenário. A decisão está nas mãos do papa."
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice