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07/03/2007
-
20h20
da BBC Brasil, em Roma
O sucessor de dom Cláudio Hummes no comando da maior arquidiocese católica do Brasil deve ser escolhido antes da viagem do papa Bento 16 ao país.
Esperava-se que a escolha fosse divulgada nesta quarta-feira, quando o Vaticano costuma anunciar esse tipo de nomeação, mas a única referência ao Brasil foi a divulgação do nome do novo bispo de Nazaré: o monsenhor Severino Batista de França.
Tanto em São Paulo como em Roma, fala-se em muitos nomes e uma única certeza: o novo arcebispo de São Paulo será moralmente afinado com as posturas do Vaticano, característica de todas as nomeações do papa Bento 16 e do antecessor João Paulo 2º.
Entre os mais cotados por especialistas e religiosos consultados pela BBC Brasil estão:
o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Pedro Scherer, por sua proximidade com o Vaticano e juventude (ele tem 57 anos); o arcebispo metropolitano de Belém, dom Orani João Tempesta, devido ao engajamento em causas sociais e firmeza na defesa da doutrina católica;dom Pedro Luiz Stringhini, bispo-auxiliar de São Paulo, conhecido pelo bom trânsito entre diferentes alas da igreja.
Também são citados como candidatos o arcebispo de Fortaleza, dom José Tosi Marques, o arcebispo de Florianópolis, dom Murilo Krieger, e o presidente da CNBB e cardeal arcebispo de Salvador, dom Geraldo Majella Agnelo.
Dom Raymundo Damasceno, ex-secretário-geral da CNBB e arcebispo de Aparecida, ganhou força devido à experiência na organização de grandes eventos, como a visita do papa, entre 9 e 13 de maio.
O espanhol dom Manuel Parrado Carral, ao assumir como administrador apostólico da arquidiocese paulistana, é outro na disputa.
Sugestões
Vaticanistas italianos acreditam que a nomeacão deve sair em breve. Assim, o arcebispo teria tempo, segundo o direito canônico, de ser empossado antes da viagem do papa ao Brasil.
Nada impede, no entanto, que o papa Bento 16 faça o anúncio depois ou mesmo nos próximos anos.
Desde 30 de outubro do ano passado, quando foi anunciada a nomeação de dom Cláudio como prefeito da Congregação para o Clero, sugestões foram entregues ao pontífice.
Oficialmente, todos os bispos do Brasil têm chance, mas as particularidades da arquidiocese com seus 6 milhões de católicos limitam as escolhas.
"Estamos rezando e esperando ansiosos pelo novo arcebispo", disse, sem citar nomes, o padre Ricardo Dias da Silva, responsável pela edição brasileira do jornal oficial do Vaticano.
Eleição silenciosa
Diferente das eleições políticas, a campanha de um arcebispo é silenciosa e impessoal. São os grupos religiosos ligados aos religiosos que se mobilizam.
"Todas as forças estão preocupadas com esta escolha", disse Fernando Altemeyer Júnior, professor e ouvidor da PUC-SP e ex-assessor da arquidiocese.
"Membros da Opus Dei defendem um arcebispo comprometido com eles. O mesmo fazem os carismáticos, os libertadores e outros."
"A melhor aposta no momento é aguardar", disse. "Nomes bem cotados já desapareceram do cenário. A decisão está nas mãos do papa."
Papa deve anunciar arcebispo de SP antes de viajar ao Brasil
VALQUÍRIA REYda BBC Brasil, em Roma
O sucessor de dom Cláudio Hummes no comando da maior arquidiocese católica do Brasil deve ser escolhido antes da viagem do papa Bento 16 ao país.
Esperava-se que a escolha fosse divulgada nesta quarta-feira, quando o Vaticano costuma anunciar esse tipo de nomeação, mas a única referência ao Brasil foi a divulgação do nome do novo bispo de Nazaré: o monsenhor Severino Batista de França.
Tanto em São Paulo como em Roma, fala-se em muitos nomes e uma única certeza: o novo arcebispo de São Paulo será moralmente afinado com as posturas do Vaticano, característica de todas as nomeações do papa Bento 16 e do antecessor João Paulo 2º.
Entre os mais cotados por especialistas e religiosos consultados pela BBC Brasil estão:
o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Odilo Pedro Scherer, por sua proximidade com o Vaticano e juventude (ele tem 57 anos); o arcebispo metropolitano de Belém, dom Orani João Tempesta, devido ao engajamento em causas sociais e firmeza na defesa da doutrina católica;dom Pedro Luiz Stringhini, bispo-auxiliar de São Paulo, conhecido pelo bom trânsito entre diferentes alas da igreja.
Também são citados como candidatos o arcebispo de Fortaleza, dom José Tosi Marques, o arcebispo de Florianópolis, dom Murilo Krieger, e o presidente da CNBB e cardeal arcebispo de Salvador, dom Geraldo Majella Agnelo.
Dom Raymundo Damasceno, ex-secretário-geral da CNBB e arcebispo de Aparecida, ganhou força devido à experiência na organização de grandes eventos, como a visita do papa, entre 9 e 13 de maio.
O espanhol dom Manuel Parrado Carral, ao assumir como administrador apostólico da arquidiocese paulistana, é outro na disputa.
Sugestões
Vaticanistas italianos acreditam que a nomeacão deve sair em breve. Assim, o arcebispo teria tempo, segundo o direito canônico, de ser empossado antes da viagem do papa ao Brasil.
Nada impede, no entanto, que o papa Bento 16 faça o anúncio depois ou mesmo nos próximos anos.
Desde 30 de outubro do ano passado, quando foi anunciada a nomeação de dom Cláudio como prefeito da Congregação para o Clero, sugestões foram entregues ao pontífice.
Oficialmente, todos os bispos do Brasil têm chance, mas as particularidades da arquidiocese com seus 6 milhões de católicos limitam as escolhas.
"Estamos rezando e esperando ansiosos pelo novo arcebispo", disse, sem citar nomes, o padre Ricardo Dias da Silva, responsável pela edição brasileira do jornal oficial do Vaticano.
Eleição silenciosa
Diferente das eleições políticas, a campanha de um arcebispo é silenciosa e impessoal. São os grupos religiosos ligados aos religiosos que se mobilizam.
"Todas as forças estão preocupadas com esta escolha", disse Fernando Altemeyer Júnior, professor e ouvidor da PUC-SP e ex-assessor da arquidiocese.
"Membros da Opus Dei defendem um arcebispo comprometido com eles. O mesmo fazem os carismáticos, os libertadores e outros."
"A melhor aposta no momento é aguardar", disse. "Nomes bem cotados já desapareceram do cenário. A decisão está nas mãos do papa."
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