Publicidade
Publicidade
12/03/2007
-
17h20
da BBC, de Paris
Uma campanha lançada nesta segunda-feira na França alerta para os riscos de uma prática que está se tornando cada vez mais freqüente nas escolas do país: o jogo do lenço, no qual crianças e adolescentes brincam de se estrangular para sentir alucinações causadas pela falta de oxigenação e de irrigação sangüínea no cérebro.
Centenas de mortes desse tipo já teriam sido registradas na França, com uma média de dez enforcamentos fatais por ano, de acordo com a Associação de Pais de Crianças Acidentadas por Estrangulamento (Apeas, na sigla em francês).
A campanha televisiva, lançada pela associação, mostra os rostos de 25 crianças e jovens e diz que "eles brincaram com o jogo do lenço, como centenas de outros, e morreram por causa disso. Acabemos com esse desastre".
A maior parte das vítimas é adolescente, mas há também crianças de apenas sete ou oito anos.
Tomate
Não existem estatísticas oficiais sobre o número de vítimas fatais ou de crianças e jovens hospitalizados em unidades de emergência por causa da "brincadeira" de enforcamento.
Mas um levantamento realizado em mais de 400 colégios franceses pelo professor Grégory Michel, psicoterapeuta do hospital infantil Robert-Debré, em Paris, revela que 12% dos alunos afirmaram já ter praticado o jogo do estrangulamento.
Essa prática já teria início nas escolas maternais, segundo a associação Apeas, com a brincadeira chamada jogo do tomate, em que crianças brincam com a respiração para ver quem fica com o rosto vermelho mais tempo.
Com um pouco mais de idade, a brincadeira passa a ser feita por meio da compressão do pescoço, fazendo pressão nas artérias carótidas, que levam sangue ao cérebro.
Em casa
Normalmente, os acidentais fatais acontecem quando o adolescente reproduz sozinho, em casa, o jogo praticado por colegas na escola.
Ao tentar praticar sozinho o estrangulamento com lenços, cintos ou até mesmo cordas, ele perde o controle dos movimentos após começar a sofrer convulsões e acaba se enforcando.
A falta de oxigênio no cérebro causa perda da consciência, com alucinações e uma espécie de prazer, efeitos normalmente provocados pelo consumo de drogas.
O Ministério da Educação francês também lançou uma outra campanha preventiva contra jogos perigosos nas escolas, destinada especificamente a professores e a pais de alunos.
O ministério afirma que a campanha tem o objetivo de ajudar os adultos a identificar mais rapidamente sinais de que crianças e adolescentes estariam praticando o jogo do lenço.
Marcas vermelhas no pescoço, mudanças de comportamento ou a descoberta de um lenço ou cinto que a criança quer usar regularmente seriam alguns sinais de comportamento de risco, segundo o ministério.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a França
Franceses lançam campanha contra jogo de asfixia
DANIELA FERNANDESda BBC, de Paris
Uma campanha lançada nesta segunda-feira na França alerta para os riscos de uma prática que está se tornando cada vez mais freqüente nas escolas do país: o jogo do lenço, no qual crianças e adolescentes brincam de se estrangular para sentir alucinações causadas pela falta de oxigenação e de irrigação sangüínea no cérebro.
Centenas de mortes desse tipo já teriam sido registradas na França, com uma média de dez enforcamentos fatais por ano, de acordo com a Associação de Pais de Crianças Acidentadas por Estrangulamento (Apeas, na sigla em francês).
A campanha televisiva, lançada pela associação, mostra os rostos de 25 crianças e jovens e diz que "eles brincaram com o jogo do lenço, como centenas de outros, e morreram por causa disso. Acabemos com esse desastre".
A maior parte das vítimas é adolescente, mas há também crianças de apenas sete ou oito anos.
Tomate
Não existem estatísticas oficiais sobre o número de vítimas fatais ou de crianças e jovens hospitalizados em unidades de emergência por causa da "brincadeira" de enforcamento.
Mas um levantamento realizado em mais de 400 colégios franceses pelo professor Grégory Michel, psicoterapeuta do hospital infantil Robert-Debré, em Paris, revela que 12% dos alunos afirmaram já ter praticado o jogo do estrangulamento.
Essa prática já teria início nas escolas maternais, segundo a associação Apeas, com a brincadeira chamada jogo do tomate, em que crianças brincam com a respiração para ver quem fica com o rosto vermelho mais tempo.
Com um pouco mais de idade, a brincadeira passa a ser feita por meio da compressão do pescoço, fazendo pressão nas artérias carótidas, que levam sangue ao cérebro.
Em casa
Normalmente, os acidentais fatais acontecem quando o adolescente reproduz sozinho, em casa, o jogo praticado por colegas na escola.
Ao tentar praticar sozinho o estrangulamento com lenços, cintos ou até mesmo cordas, ele perde o controle dos movimentos após começar a sofrer convulsões e acaba se enforcando.
A falta de oxigênio no cérebro causa perda da consciência, com alucinações e uma espécie de prazer, efeitos normalmente provocados pelo consumo de drogas.
O Ministério da Educação francês também lançou uma outra campanha preventiva contra jogos perigosos nas escolas, destinada especificamente a professores e a pais de alunos.
O ministério afirma que a campanha tem o objetivo de ajudar os adultos a identificar mais rapidamente sinais de que crianças e adolescentes estariam praticando o jogo do lenço.
Marcas vermelhas no pescoço, mudanças de comportamento ou a descoberta de um lenço ou cinto que a criança quer usar regularmente seriam alguns sinais de comportamento de risco, segundo o ministério.
Especial
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice