Publicidade
Publicidade
19/03/2007
-
18h01
da BBC, de Paris
O líder antiglobalização José Bové obteve o direito de disputar o primeiro turno das eleições presidenciais na França, marcado para o dia 22 de abril.
Bové foi incluído na relação oficial de 12 candidatos divulgada nesta segunda-feira pelo Conselho Constitucional francês, que verificou se cada um dos pré-candidatos tinha um abaixo-assinado mostrando o apoio de pelo menos 500 políticos eleitos.
O suspense em relação ao número de assinaturas em apoio ao José Bové durou até o último momento. Ele garantiu a candidatura com uma pequena margem sobre o número mínimo.
A campanha eleitoral oficial na TV e no rádio começa no dia nove de abril.
Tempo de propaganda
De acordo com a legislação francesa, todos os candidatos devem ter exatamente o mesmo tempo de exposição nos meios eletrônicos --TV, rádio e internet.
Leva-se em conta nessa contagem do tempo não apenas as campanhas publicitárias dos candidatos, mas também as participações deles em programas de entrevistas.
Essa norma vai passar a vigorar já a partir desta terça-feira, dia 20 de março.
Dessa forma, o desconhecido Frédéric Nihous, do partido Caça, Pesca, Natureza e Tradições (CPNT), terá o mesmo tempo de discurso na TV e no rádio do que o líder nas pesquisas, o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy.
Analistas estimam que o início da campanha oficial, com esse equilíbrio entre os menos conhecidos e os favoritos, poderá ter impacto nas intenções de votos.
A menos de cinco semanas do primeiro turno, 42% dos franceses, de acordo com sondagens, ainda não sabem em quem vão votar.
Menos candidatos
Nas eleições presidenciais de 2002, 16 candidatos disputaram o primeiro turno, quatro a mais do que neste ano.
Como em 2002, a esquerda participa da disputa fragmentada. Mais da metade dos candidatos (sete) são de partidos de esquerda, sendo cinco deles de extrema esquerda.
Além de José Bové, participam da disputa representando a extrema esquerda Marie-George Buffet, do Partido Comunista; Gérard Schivardi, do Partido dos Trabalhadores; Olivier Besancenot, da Liga Comunista Revolucionária; e Arlette Laguiller, da Luta Operária.
Cada um desses candidatos tem apenas entre 1% e 2,5% nas pesquisas de opinião.
Muitos analistas acreditam que a dispersão da esquerda em inúmeros candidatos causou a derrota do socialista Lionel Jospin no primeiro turno em 2002. Jospin acabou perdendo a vaga no segundo turno para o líder da extrema direita, Jean-Marie Le Pen.
Dianteira
De acordo com a pesquisa RMC/BFM TV/20 Minutes, divulgada nesta segunda-feira, Nicolas Sarkozy mantém a liderança nas intenções de voto, com 29%.
A socialista Ségolène Royal aparece a seguir, com 26%, e o centrista François Bayrou está em terceiro, com 22%.
Mas em outras pesquisas recentes a vantagem de Ségolène sobre Bayrou foi de apenas um ou dois pontos percentuais, incluindo uma sondagem divulgada pelo jornal "Le Figaro" neste domingo.
Líder antiglobalização José Bové disputará Presidência da França
DANIELA FERNANDESda BBC, de Paris
O líder antiglobalização José Bové obteve o direito de disputar o primeiro turno das eleições presidenciais na França, marcado para o dia 22 de abril.
Bové foi incluído na relação oficial de 12 candidatos divulgada nesta segunda-feira pelo Conselho Constitucional francês, que verificou se cada um dos pré-candidatos tinha um abaixo-assinado mostrando o apoio de pelo menos 500 políticos eleitos.
O suspense em relação ao número de assinaturas em apoio ao José Bové durou até o último momento. Ele garantiu a candidatura com uma pequena margem sobre o número mínimo.
A campanha eleitoral oficial na TV e no rádio começa no dia nove de abril.
Tempo de propaganda
De acordo com a legislação francesa, todos os candidatos devem ter exatamente o mesmo tempo de exposição nos meios eletrônicos --TV, rádio e internet.
Leva-se em conta nessa contagem do tempo não apenas as campanhas publicitárias dos candidatos, mas também as participações deles em programas de entrevistas.
Essa norma vai passar a vigorar já a partir desta terça-feira, dia 20 de março.
Dessa forma, o desconhecido Frédéric Nihous, do partido Caça, Pesca, Natureza e Tradições (CPNT), terá o mesmo tempo de discurso na TV e no rádio do que o líder nas pesquisas, o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy.
Analistas estimam que o início da campanha oficial, com esse equilíbrio entre os menos conhecidos e os favoritos, poderá ter impacto nas intenções de votos.
A menos de cinco semanas do primeiro turno, 42% dos franceses, de acordo com sondagens, ainda não sabem em quem vão votar.
Menos candidatos
Nas eleições presidenciais de 2002, 16 candidatos disputaram o primeiro turno, quatro a mais do que neste ano.
Como em 2002, a esquerda participa da disputa fragmentada. Mais da metade dos candidatos (sete) são de partidos de esquerda, sendo cinco deles de extrema esquerda.
Além de José Bové, participam da disputa representando a extrema esquerda Marie-George Buffet, do Partido Comunista; Gérard Schivardi, do Partido dos Trabalhadores; Olivier Besancenot, da Liga Comunista Revolucionária; e Arlette Laguiller, da Luta Operária.
Cada um desses candidatos tem apenas entre 1% e 2,5% nas pesquisas de opinião.
Muitos analistas acreditam que a dispersão da esquerda em inúmeros candidatos causou a derrota do socialista Lionel Jospin no primeiro turno em 2002. Jospin acabou perdendo a vaga no segundo turno para o líder da extrema direita, Jean-Marie Le Pen.
Dianteira
De acordo com a pesquisa RMC/BFM TV/20 Minutes, divulgada nesta segunda-feira, Nicolas Sarkozy mantém a liderança nas intenções de voto, com 29%.
A socialista Ségolène Royal aparece a seguir, com 26%, e o centrista François Bayrou está em terceiro, com 22%.
Mas em outras pesquisas recentes a vantagem de Ségolène sobre Bayrou foi de apenas um ou dois pontos percentuais, incluindo uma sondagem divulgada pelo jornal "Le Figaro" neste domingo.
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice