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20/03/2007
-
09h16
A bacia do Prata, na América do Sul, está entre as dez mais ameaçadas do mundo, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira pela organização de defesa do ambiente, Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês). O Dia Mundial da Água será marcado em 22 de março.
De acordo com o relatório "Os 10 Principais Rios do Mundo em Risco", a bacia do Prata, que inclui os rios Paraná, Uruguai e Paraguai, está sofrendo com a construção da represa de Itaipu e de outros projetos de barragens e hidrovias.
"No Rio Paraná, a represa de Itaipu, a maior do mundo, inundou aproximadamente cem mil hectares de terra e destruiu habitat aquático significativo, inclusive as cataratas de Guaíra", diz o documento, que se baseia em vários relatórios feitos em anos anteriores.
"O plano dos governos brasileiro, boliviano e paraguaio para navegação maciça, de criação de uma hidrovia, e o projeto de hidroelétrica estão sendo levados adiante sem um Relatório de Impacto Ambiental adequado", afirma.
Biodiversidade
O relatório alerta para os riscos que esses projetos apresentam para a biodiversidade da região.
"O projeto de hidrovia ameaça drenar e destruir o habitat do Pantanal ao aumentar a capacidade de drenagem da foz do rio, afetar as populações nativas de peixes e expor o sistema do rio a uma invasão de espécies exóticas através das ligações com rios na bacia do Amazonas", disse o relatório.
A bacia do Prata é a segunda maior da América do Sul e atravessa cinco países: Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Bolívia. Cerca de cem milhões de pessoas moram na região, que inclui os rios Paraguai, Uruguai e Paraná, entre outros de menor porte, como o Rio Tietê.
Segundo o WWF, é necessário realizar uma análise para saber se os novos projetos de infra-estrutura são realmente a melhor solução.
O relatório aponta soluções para minimizar o impacto ambiental no caso de os governos seguirem com os projetos: "Construir em locais distantes da foz e das margens planas, imitando a correnteza natural da água, permitindo a passagem dos peixes, controlando a poluição térmica e mantendo a movimentação de sedimentos e nutrientes essenciais para a saúde dos rios".
Outros rios
O relatório apontou ainda outros nove rios do mundo que estão secando ou morrendo por causa de represas, navegação, poluição, uso excessivo de suas águas para abastecimento, agricultura, indústria e mudanças climáticas, o que pode causar escassez de água no futuro.
O relatório diz que a "crise" dos rios é equiparável às mudanças climáticas da Terra em importância.
Cinco dos dez rios mencionados ficam na Ásia --Yangtzé, Mekong, Salween, Ganges e Indo.
A bacia do Prata, o Rio Grande, na América do Norte, o Danúbio, da Europa, o Nilo, na África e a bacia Murray-Darling, na Austrália completam a lista do WWF.
A organização alerta que os governos deveriam encarar a água como uma questão de segurança nacional.
"O planejamento ruim e proteção inadequada de áreas naturais fazem com que não possamos mais ter certeza de que a água vai fluir para sempre. Como a crise de mudança climática, que agora tem a atenção de empresas e governo, nós queremos que os líderes notem a emergência em relação à água fresca agora, e não mais tarde", disse o diretor de programas de Água Fresca Global da WWF, Jamie Pittock.
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Bacia na América do Sul está entre rios mais ameaçados do mundo
da BBCA bacia do Prata, na América do Sul, está entre as dez mais ameaçadas do mundo, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira pela organização de defesa do ambiente, Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês). O Dia Mundial da Água será marcado em 22 de março.
De acordo com o relatório "Os 10 Principais Rios do Mundo em Risco", a bacia do Prata, que inclui os rios Paraná, Uruguai e Paraguai, está sofrendo com a construção da represa de Itaipu e de outros projetos de barragens e hidrovias.
"No Rio Paraná, a represa de Itaipu, a maior do mundo, inundou aproximadamente cem mil hectares de terra e destruiu habitat aquático significativo, inclusive as cataratas de Guaíra", diz o documento, que se baseia em vários relatórios feitos em anos anteriores.
"O plano dos governos brasileiro, boliviano e paraguaio para navegação maciça, de criação de uma hidrovia, e o projeto de hidroelétrica estão sendo levados adiante sem um Relatório de Impacto Ambiental adequado", afirma.
Biodiversidade
O relatório alerta para os riscos que esses projetos apresentam para a biodiversidade da região.
"O projeto de hidrovia ameaça drenar e destruir o habitat do Pantanal ao aumentar a capacidade de drenagem da foz do rio, afetar as populações nativas de peixes e expor o sistema do rio a uma invasão de espécies exóticas através das ligações com rios na bacia do Amazonas", disse o relatório.
A bacia do Prata é a segunda maior da América do Sul e atravessa cinco países: Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai e Bolívia. Cerca de cem milhões de pessoas moram na região, que inclui os rios Paraguai, Uruguai e Paraná, entre outros de menor porte, como o Rio Tietê.
Segundo o WWF, é necessário realizar uma análise para saber se os novos projetos de infra-estrutura são realmente a melhor solução.
O relatório aponta soluções para minimizar o impacto ambiental no caso de os governos seguirem com os projetos: "Construir em locais distantes da foz e das margens planas, imitando a correnteza natural da água, permitindo a passagem dos peixes, controlando a poluição térmica e mantendo a movimentação de sedimentos e nutrientes essenciais para a saúde dos rios".
Outros rios
O relatório apontou ainda outros nove rios do mundo que estão secando ou morrendo por causa de represas, navegação, poluição, uso excessivo de suas águas para abastecimento, agricultura, indústria e mudanças climáticas, o que pode causar escassez de água no futuro.
O relatório diz que a "crise" dos rios é equiparável às mudanças climáticas da Terra em importância.
Cinco dos dez rios mencionados ficam na Ásia --Yangtzé, Mekong, Salween, Ganges e Indo.
A bacia do Prata, o Rio Grande, na América do Norte, o Danúbio, da Europa, o Nilo, na África e a bacia Murray-Darling, na Austrália completam a lista do WWF.
A organização alerta que os governos deveriam encarar a água como uma questão de segurança nacional.
"O planejamento ruim e proteção inadequada de áreas naturais fazem com que não possamos mais ter certeza de que a água vai fluir para sempre. Como a crise de mudança climática, que agora tem a atenção de empresas e governo, nós queremos que os líderes notem a emergência em relação à água fresca agora, e não mais tarde", disse o diretor de programas de Água Fresca Global da WWF, Jamie Pittock.
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