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21/03/2007 - 19h36

Irã poderá seguir via ilegal na área nuclear, diz aiatolá

da BBC

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse nesta quarta-feira que o país poderia optar por desenvolver seu programa nuclear em violação às leis internacionais, caso a ONU imponha mais sanções ao regime.

"Eu digo a vocês: até hoje, tudo o que fizemos foi de acordo com normais internacionais, mas se eles (os países do Ocidente) querem usar o Conselho de Segurança [da ONU] como uma ferramenta para ignorar os direitos nucleares legais do Irã e adotarem medidas ilegais, nós também poderemos tomar medidas ilegais e assim o faremos", disse Khamenei em um discurso na cidade de Mashhad, no nordeste do país.

Khamenei fez a afirmação no mesmo dia em que o Conselho de Segurança (CS) da ONU se reunia em Nova York para discutir a imposição de mais sanções ao país.

Os 15 países do conselho vão avaliar uma proposta de resolução formulada pelos cinco membros permanentes e pela Alemanha, que prevê, entre outras coisas, restrições a viagens e a proibição da exportação de armas ao país.

Ressalvas

Khamenei, que fez o discurso para marcar o ano novo no Irã, disse que "a nação iraniana e seu governo vão usar tudo em seu poder para causar danos aos inimigos que querem atacá-los".

"Nós avançamos no caminho nuclear por nossa própria iniciativa. As autoridades de nosso país não fizeram nada ilegal e todas as nossas atividades são monitoradas pela agência nuclear (Agência Internacional de Energia Nuclear, o órgão nuclear da ONU). Não há problema nisso. Não temos objeções à supervisão da agência nuclear."

De acordo com a correspondente da BBC na ONU, Laura Trevelyan, alguns diplomatas prevêem que o CS da ONU vote ainda nesta semana as novas sanções.

Mas isso depende de consenso entre os países do Conselho, e alguns deles, como a África do Sul, o Catar e a Indonésia, já manifestaram ressalvas em relação ao texto da resolução.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmedinajad, recebeu um visto para entrar nos Estados Unidos e pode viajar à ONU para defender a posição de seu país no CS da ONU.

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