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23/03/2007
-
00h28
da BBC Brasil, em Washington
O subsecretário para Assuntos Políticos do Departamento de Estado americano, Nicholas Burns, disse que os Estados Unidos precisam "responder ao desafio Chávez". A declaração de Burns foi feita durante um evento quinta-feira (22) na sede de um instituto de pesquisas, em Washington (EUA).
Segundo o subsecretário, uma fórmula eficaz de ofuscar a retórica "negativa" do presidente da Venezuela em relação aos EUA seria o Congresso aprovar acordos de livre comércio com Peru, Colômbia e Panamá.
Caso estes acordos não sejam aprovados, indagou Burns, "qual a mensagem que estaremos passando, quando Chávez diz que nada de bom sai de uma relação comercial com os Estados Unidos e que o comércio conosco não produz crescimento econômico e nem justiça social?".
As declarações do subsecretário representaram uma mudança de tom por parte da Casa Branca. Durante a recente viagem do presidente George W. Bush à América Latina, o líder americano evitou falar sobre a Venezuela e sequer mencionou o nome de Hugo Chávez durante entrevistas.
Segundo Burns, se os Estados Unidos descartarem assinar os tratados comerciais, será "como se disséssemos que estamos dispostos a abandonar relações profundas com a região e entregar o microfone a esta figura do passado, cujas políticas são um fracasso para seu país, não um sucesso".
Chávez na Argentina
Durante o evento, Burns fez um apanhado da viagem de Bush a Brasil, Uruguai, Colômbia, Guatemala e México, que qualificou como extremamente positiva. Paralelamente, Chávez visitou países latino-americanos que não constaram do roteiro do presidente americano. Enquanto Bush estava no Uruguai, Chávez realizou um protesto contra Bush em um estádio de futebol em Buenos Aires.
Burns criticou o incidente e se dirigiu diretamente ao embaixador argentino em Washington, José Octavio Bordón, que assistia ao discurso do subsecretário sentado na primeira fila do auditório. Segundo o representante americano, os efeitos positivos da viagem de Bush ao Uruguai "eclipsaram aquela manifestação em um estádio de futebol de Buenos Aires".
"Lamento que este ato tenha ocorrido no mesmo dia em que nosso presidente estava em Montevidéu. Não me parece que tenha sido correto. É o sentimento de todos em nosso governo, perdoe-me por dizê-lo, embaixador."
Pouco depois o representante argentino retrucou, afirmando que o protesto liderado por Chávez "exercitou a liberdade vivida na Argentina".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre George W. Bush
Leia o que já foi publicado sobre Hugo Chávez
Subsecretário diz que EUA devem responder ao "desafio Chávez"
BRUNO GARCEZda BBC Brasil, em Washington
O subsecretário para Assuntos Políticos do Departamento de Estado americano, Nicholas Burns, disse que os Estados Unidos precisam "responder ao desafio Chávez". A declaração de Burns foi feita durante um evento quinta-feira (22) na sede de um instituto de pesquisas, em Washington (EUA).
Segundo o subsecretário, uma fórmula eficaz de ofuscar a retórica "negativa" do presidente da Venezuela em relação aos EUA seria o Congresso aprovar acordos de livre comércio com Peru, Colômbia e Panamá.
Caso estes acordos não sejam aprovados, indagou Burns, "qual a mensagem que estaremos passando, quando Chávez diz que nada de bom sai de uma relação comercial com os Estados Unidos e que o comércio conosco não produz crescimento econômico e nem justiça social?".
As declarações do subsecretário representaram uma mudança de tom por parte da Casa Branca. Durante a recente viagem do presidente George W. Bush à América Latina, o líder americano evitou falar sobre a Venezuela e sequer mencionou o nome de Hugo Chávez durante entrevistas.
Segundo Burns, se os Estados Unidos descartarem assinar os tratados comerciais, será "como se disséssemos que estamos dispostos a abandonar relações profundas com a região e entregar o microfone a esta figura do passado, cujas políticas são um fracasso para seu país, não um sucesso".
Chávez na Argentina
Durante o evento, Burns fez um apanhado da viagem de Bush a Brasil, Uruguai, Colômbia, Guatemala e México, que qualificou como extremamente positiva. Paralelamente, Chávez visitou países latino-americanos que não constaram do roteiro do presidente americano. Enquanto Bush estava no Uruguai, Chávez realizou um protesto contra Bush em um estádio de futebol em Buenos Aires.
Burns criticou o incidente e se dirigiu diretamente ao embaixador argentino em Washington, José Octavio Bordón, que assistia ao discurso do subsecretário sentado na primeira fila do auditório. Segundo o representante americano, os efeitos positivos da viagem de Bush ao Uruguai "eclipsaram aquela manifestação em um estádio de futebol de Buenos Aires".
"Lamento que este ato tenha ocorrido no mesmo dia em que nosso presidente estava em Montevidéu. Não me parece que tenha sido correto. É o sentimento de todos em nosso governo, perdoe-me por dizê-lo, embaixador."
Pouco depois o representante argentino retrucou, afirmando que o protesto liderado por Chávez "exercitou a liberdade vivida na Argentina".
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