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23/03/2007 - 08h40

Parceria com Brasil gera "revolução mundial", dizem EUA

BRUNO GARCEZ
da BBC, em Washington

O subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado americano, Nicholas Burns, diz acreditar que a parceria entre americanos e brasileiros na área de biocombustíveis poderá "alimentar uma revolução mundial".

O número três na hierarquia do Departamento de Estado fez o comentário durante um evento realizado na sede do Council for the Americas do Instituto de pesquisas Carnegie Endownement for International Peace, em Washington.

Segundo Burns, a colaboração entre os dois países deve levar à criação de um mercado global de álcool, com o biocombustível como uma commodity internacional "capaz de alimentar uma revolução mundial que nos ajudará com o problema de combustíveis fósseis cuja produção e o consumo são prejudiciais ao meio ambiente".

De acordo com Burns, o potencial energético pode, por vezes, "elevar o poder de países de forma pouco produtiva". E citou o exemplo de nações como Irã, "que exerce uma importância desmedida graças ao seu petróleo" e à Venezuela, "se olharmos para as políticas equivocadas de Hugo Chávez".

Grupo de trabalho

Nicholas Burns disse que o governo americano está criando um grupo de trabalho que terá por função implementar os termos do memorando de entendimento firmado pelo Brasil e Estados Unidos sobre a produção de álcool.

O documento foi assinado durante a recente visita do presidente Bush ao país pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice.

O texto estipula a colaboração entre as duas nações nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de álcool, a atuação em terceiros países, especialmente na América Central e no Caribe, e o desenvolvimento de um mercado mundial de do biocombustível.

"Estaremos em contato diário com o governo brasileiro. E manterei contatos regulares com o embaixador (do Brasil em Washington, Antônio) Patriota", afirmou Burns.

Projeto centro-americana

Os países que poderão ser beneficiados com a parceria americano-brasileira são Peru, Colômbia, El Salvador, Honduras, Guatemala, São Cristóvão e Névis, República Dominicana e Haiti.

Burns não quis dizer qual ou quais destes são os mais cotados para sediar o projeto entre as duas nações, mas afirmou que "alguns deste países estão se identificando por conta própria, ao se tornarem produtores de álcool. Alguns estão importando cana de açúcar brasileira, refinando-a e enviando álcool como produto final para os Estados Unidos".

Atualmente, os Estados Unidos cobram uma sobretaxa de US$ 0,54 por galão (o equivalente a 3,785 litros) sobre o álcool que importam do Brasil. Mas nações caribenhas e centro-americanas que integram a chamada Iniciativa da Bacia do Caribe (CBI, na sigla em inglês) são autorizadas a exportar sem tarifas o equivalente a 7% do volume de álcool produzido pelos Estados Unidos.

"Quando estive em Brasília, nós concordamos que iríamos também nos concentrar em nações que têm uma indústria de biocombustíveis ainda pouco desenvolvida e procurar ajudá-las. Ainda temos de decidir juntos quais serão esses países", afirmou Burns.

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