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26/03/2007
-
08h16
Os brasileiros que estavam sitiados havia quatro dias na embaixada na capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, já foram liberados para deixar o local.
O grupo --composto de funcionários, militares e membros de uma delegação cultural em visita ao país-- precisou ficar abrigado na embaixada em meio aos confrontos entre tropas do governo e rebeldes, que começaram na quinta-feira.
A embaixada fica localizada a cem metros do escritório do líder rebelde Jean-Pierre Bemba e estava no meio do fogo cruzado durante os dias de violência mais intensa. O embaixador Flávio Roberto Bonzanini disse à BBC Brasil que um dos veículos da embaixada chegou a ser atingido por tiros de Kalashnikov.
Bonzanini disse que a situação já está praticamente normal depois que as forças oficiais retomaram o controle da maior parte da capital, no sábado.
"Hoje nós percorremos a cidade pela manhã e a situação já está quase normal, as pessoas voltaram ao trabalho, há muita gente nas ruas e o trânsito está quase normalizado. A situação do ponto de vista militar e de ordem pública já está superada", disse.
"Foi um grande susto para todos nós aqui", afirmou o embaixador.
No domingo, os funcionários congoleses já haviam sido liberados, mas os brasileiros decidiram ficar até esta segunda-feira "por uma questão de prudência".
"Eu estou aqui na República Democrática do Congo há um ano e meio e essa foi sem dúvida a pior situação que já presenciei no país", disse Bonzanini.
Segundo o embaixador, 52 brasileiros moram na capital Kinshasa e outros 12 no resto do país. Nenhum brasileiro ficou ferido durante a onda de violência.
Mortos
Os confrontos deixaram pelo menos 150 pessoas mortas e mais de 80 feridas, de acordo com a Caritas (agência humanitária da Igreja Católica).
A violência estourou na quinta-feira (22), com choques entre forças do governo e milícias leais a Bemba, que perdeu as eleições presidenciais do ano passado e que, segundo o governo, estaria tentando derrubar o presidente Joseph Kabila.
O candidato derrotado, contra quem foi expedido um mandado de prisão, refugiou-se na embaixada da África do Sul. Ele nega estar planejando uma operação militar contra Kabila.
A eleição do ano passado --o primeiro pleito livre em 40 anos na ex-colônia belga-- transcorreu pacificamente, despertando esperança de que os anos de conflito e caos administrativo pudessem chegar ao fim.
Kabila obteve 58% dos votos e Bemba, 42%, nas eleições de outubro passado.
Com Agência Brasil
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da BBCOs brasileiros que estavam sitiados havia quatro dias na embaixada na capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, já foram liberados para deixar o local.
O grupo --composto de funcionários, militares e membros de uma delegação cultural em visita ao país-- precisou ficar abrigado na embaixada em meio aos confrontos entre tropas do governo e rebeldes, que começaram na quinta-feira.
A embaixada fica localizada a cem metros do escritório do líder rebelde Jean-Pierre Bemba e estava no meio do fogo cruzado durante os dias de violência mais intensa. O embaixador Flávio Roberto Bonzanini disse à BBC Brasil que um dos veículos da embaixada chegou a ser atingido por tiros de Kalashnikov.
Bonzanini disse que a situação já está praticamente normal depois que as forças oficiais retomaram o controle da maior parte da capital, no sábado.
"Hoje nós percorremos a cidade pela manhã e a situação já está quase normal, as pessoas voltaram ao trabalho, há muita gente nas ruas e o trânsito está quase normalizado. A situação do ponto de vista militar e de ordem pública já está superada", disse.
"Foi um grande susto para todos nós aqui", afirmou o embaixador.
No domingo, os funcionários congoleses já haviam sido liberados, mas os brasileiros decidiram ficar até esta segunda-feira "por uma questão de prudência".
"Eu estou aqui na República Democrática do Congo há um ano e meio e essa foi sem dúvida a pior situação que já presenciei no país", disse Bonzanini.
Segundo o embaixador, 52 brasileiros moram na capital Kinshasa e outros 12 no resto do país. Nenhum brasileiro ficou ferido durante a onda de violência.
Mortos
Os confrontos deixaram pelo menos 150 pessoas mortas e mais de 80 feridas, de acordo com a Caritas (agência humanitária da Igreja Católica).
A violência estourou na quinta-feira (22), com choques entre forças do governo e milícias leais a Bemba, que perdeu as eleições presidenciais do ano passado e que, segundo o governo, estaria tentando derrubar o presidente Joseph Kabila.
O candidato derrotado, contra quem foi expedido um mandado de prisão, refugiou-se na embaixada da África do Sul. Ele nega estar planejando uma operação militar contra Kabila.
A eleição do ano passado --o primeiro pleito livre em 40 anos na ex-colônia belga-- transcorreu pacificamente, despertando esperança de que os anos de conflito e caos administrativo pudessem chegar ao fim.
Kabila obteve 58% dos votos e Bemba, 42%, nas eleições de outubro passado.
Com Agência Brasil
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