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05/04/2007
-
08h56
Se a floresta amazônica se tornar um ambiente mais quente e mais seco, uma área de 30% a 60% pode se converter em um tipo de savana seca, de acordo com pesquisa realizada com apoio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e incluída em relatório do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) divulgado nesta quinta-feira.
O relatório "Salvando as Maravilhas Naturais do Mundo de Mudanças Climáticas" foi compilado em antecipação à divulgação do segundo parecer do Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Segundo o documento do WWF, modelos sugerem que até 2050 as temperaturas na Amazônia vão aumentar entre 2 e 3 graus Celsius. "Ao mesmo tempo, uma diminuição nas chuvas durante os meses secos levará à seca generalizada."
Essas mudanças trazem graves conseqüências, diz o relatório. "O aumento projetado nas temperaturas e a diminuição da precipitação nos meses já secos podem resultar em secas longas e talvez mais graves, além de mudanças substanciais na sazonalidade."
A região é considerada uma das dez "maravilhas naturais" pela WWF, que diz que "o motor hidrológico da Amazônia tem um grande papel na manutenção do clima global e regional. A água liberada por plantas na atmosfera e por rios no oceano influencia o clima mundial e a circulação das correntes oceânicas".
O aquecimento do ambiente amazônico vai afetar água disponível, biodiversidade, agricultura e saúde humana, diz o relatório. "Ao lado de mudanças de utilização do solo, podemos esperar a degradação dos sistemas hídricos, perda de solos de valor ecológico e agrícola, diminuição na produção agrícola, aumento na infestação por insetos e propagação de doenças infecciosas.'
Emissões de CO2
Há preocupação de que a região amazônica acabe se tornando uma fonte, e não um agente na absorção de dióxido de carbono (CO2), e que seria um dos principais fatores no estímulo de mudanças climáticas.
"Atualmente, as florestas da Amazônia ainda são um reservatório para o CO2, apesar de cerca de 20% das emissões globais de CO2 partirem do desmatamento. Mas foi previsto que o aumento das temperaturas, diminuição de precipitações e a 'savanização' da Amazônia vão levar a região a se tornar uma fonte de CO2, ao invés de um reservatório."
Outras "maravilhas naturais" enumeradas no relatório incluem a Grande Barreira de Corais da Austrália, que "está ameaçada pelo aquecimento das águas, que provoca o branqueamento dos corais".
O rio Yang Tsé, na China, "enfrenta escassez de água na medida em que as geleiras do Himalaia continuam a diminuir".
"De tartarugas a tigres --do deserto de Chihuahua ao grande Amazonas--, todas estas maravilhas da natureza correm risco com o aquecimento global", disse Lara Hansen, cientista-chefe do Programa de Mudanças Climáticas do WWF.
"A adaptação às mudanças climáticas podem salvar alguns deles, mas só ação drástica de governos para reduzir as emissões podem dar esperança para impedir sua destruição completa."
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Parte da Amazônia pode virar savana, alerta WWF
da BBCSe a floresta amazônica se tornar um ambiente mais quente e mais seco, uma área de 30% a 60% pode se converter em um tipo de savana seca, de acordo com pesquisa realizada com apoio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e incluída em relatório do WWF (Fundo Mundial para a Natureza) divulgado nesta quinta-feira.
O relatório "Salvando as Maravilhas Naturais do Mundo de Mudanças Climáticas" foi compilado em antecipação à divulgação do segundo parecer do Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Segundo o documento do WWF, modelos sugerem que até 2050 as temperaturas na Amazônia vão aumentar entre 2 e 3 graus Celsius. "Ao mesmo tempo, uma diminuição nas chuvas durante os meses secos levará à seca generalizada."
Essas mudanças trazem graves conseqüências, diz o relatório. "O aumento projetado nas temperaturas e a diminuição da precipitação nos meses já secos podem resultar em secas longas e talvez mais graves, além de mudanças substanciais na sazonalidade."
A região é considerada uma das dez "maravilhas naturais" pela WWF, que diz que "o motor hidrológico da Amazônia tem um grande papel na manutenção do clima global e regional. A água liberada por plantas na atmosfera e por rios no oceano influencia o clima mundial e a circulação das correntes oceânicas".
O aquecimento do ambiente amazônico vai afetar água disponível, biodiversidade, agricultura e saúde humana, diz o relatório. "Ao lado de mudanças de utilização do solo, podemos esperar a degradação dos sistemas hídricos, perda de solos de valor ecológico e agrícola, diminuição na produção agrícola, aumento na infestação por insetos e propagação de doenças infecciosas.'
Emissões de CO2
Há preocupação de que a região amazônica acabe se tornando uma fonte, e não um agente na absorção de dióxido de carbono (CO2), e que seria um dos principais fatores no estímulo de mudanças climáticas.
"Atualmente, as florestas da Amazônia ainda são um reservatório para o CO2, apesar de cerca de 20% das emissões globais de CO2 partirem do desmatamento. Mas foi previsto que o aumento das temperaturas, diminuição de precipitações e a 'savanização' da Amazônia vão levar a região a se tornar uma fonte de CO2, ao invés de um reservatório."
Outras "maravilhas naturais" enumeradas no relatório incluem a Grande Barreira de Corais da Austrália, que "está ameaçada pelo aquecimento das águas, que provoca o branqueamento dos corais".
O rio Yang Tsé, na China, "enfrenta escassez de água na medida em que as geleiras do Himalaia continuam a diminuir".
"De tartarugas a tigres --do deserto de Chihuahua ao grande Amazonas--, todas estas maravilhas da natureza correm risco com o aquecimento global", disse Lara Hansen, cientista-chefe do Programa de Mudanças Climáticas do WWF.
"A adaptação às mudanças climáticas podem salvar alguns deles, mas só ação drástica de governos para reduzir as emissões podem dar esperança para impedir sua destruição completa."
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