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27/04/2007
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09h14
O número de execuções de condenados à morte no mundo em 2006 caiu cerca de 25%, de acordo com um relatório divulgado nesta sexta-feira pela organização não-governamental Anistia Internacional (AI).
O relatório diz que 1.591 pessoas foram mortas pelos seus Estados no ano passado, comparado com 2.148 casos em 2005.
Mas a Anistia afirma que esses números se referem apenas aos casos conhecidos pela organização, e que o total de mortes deve ser muito maior.
Esse seria o caso na China, por exemplo. O país continua sendo o que mais executa, com pelo menos mil mortes em 2006.
A Anistia diz, no entanto, que segundo fontes confiáveis o número real pode chegar a oito mil pessoas, já que as estatísticas da pena de morte na China são segredos de Estado.
Tendências globais
"Apenas seis países -Irã, Iraque, Sudão, Paquistão, Estados Unidos e China- foram responsáveis por 91% de todas as execuções feitas em 2006", disse a secretária-geral da organização, Irene Khan.
"Esses executores linha-dura estão isolados e fora de sintonia com as tendências globais."
Segundo a ONG, o Iraque se juntou à lista dos países que mais executam no ano passado. O número de mortes no país vem aumentando desde 2004, quando a pena capital foi reintroduzida.
Desde então, mais de 270 pessoas foram condenadas à morte e pelo menos cem já foram executadas.
O Paquistão também entrou na lista no ano passado, com pelo menos 82 execuções.
No Irã, o número de mortes quase dobrou comparado a 2005, com 177 pessoas mortas pelo Estado.
A Anistia cita um caso que aconteceu no país e que "expõe a natureza cruel, arbitrária e injusta da pena de morte".
A organização conta que um homem e uma mulher foram apedrejados em maio por terem feito sexo fora do casamento, apesar de uma moratória das mortes por esse método, declarada em 2002.
Segundo a Anistia, o tamanho das pedras usadas no Irã é determinado para não causar morte instantânea, mas matar aos poucos e com muito sofrimento.
Métodos
Em outro caso, esse nos Estados Unidos, Angel Diaz sofreu por 34 minutos antes de ser pronunciado morto porque os químicos usados para a execução foram injetados em seus tecidos moles ao invés da veia.
O incidente fez com que o governador da Flórida, Jeb Bush, suspendesse todas as execuções no Estado e apontasse uma comissão para "considerar a humanidade e a constitucionalidade das injeções letais".
Além das injeções e do apedrejamento, os métodos que vêm sendo usados desde 2000 incluem o esfaqueamento (na Somália) e a decapitação (na Arábia Saudita e no Iraque).
Estima-se que cerca de 20 mil pessoas estejam atualmente no corredor da morte em todo o mundo.
"A Anistia Internacional está pedindo uma moratória universal das execuções", disse Khan.
"A pena de morte é a punição mais cruel, desumana e degradante, se provou ineficaz em reduzir o crime e perpetua um clima de violência no qual a Justiça nunca poderá ser realmente alcançada."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre pena de morte
Leia o que já foi publicado sobre a Anistia Internacional
Execuções de condenados à morte caíram 25% em 2006
da BBC BrasilO número de execuções de condenados à morte no mundo em 2006 caiu cerca de 25%, de acordo com um relatório divulgado nesta sexta-feira pela organização não-governamental Anistia Internacional (AI).
O relatório diz que 1.591 pessoas foram mortas pelos seus Estados no ano passado, comparado com 2.148 casos em 2005.
Mas a Anistia afirma que esses números se referem apenas aos casos conhecidos pela organização, e que o total de mortes deve ser muito maior.
Esse seria o caso na China, por exemplo. O país continua sendo o que mais executa, com pelo menos mil mortes em 2006.
A Anistia diz, no entanto, que segundo fontes confiáveis o número real pode chegar a oito mil pessoas, já que as estatísticas da pena de morte na China são segredos de Estado.
Tendências globais
"Apenas seis países -Irã, Iraque, Sudão, Paquistão, Estados Unidos e China- foram responsáveis por 91% de todas as execuções feitas em 2006", disse a secretária-geral da organização, Irene Khan.
"Esses executores linha-dura estão isolados e fora de sintonia com as tendências globais."
Segundo a ONG, o Iraque se juntou à lista dos países que mais executam no ano passado. O número de mortes no país vem aumentando desde 2004, quando a pena capital foi reintroduzida.
Desde então, mais de 270 pessoas foram condenadas à morte e pelo menos cem já foram executadas.
O Paquistão também entrou na lista no ano passado, com pelo menos 82 execuções.
No Irã, o número de mortes quase dobrou comparado a 2005, com 177 pessoas mortas pelo Estado.
A Anistia cita um caso que aconteceu no país e que "expõe a natureza cruel, arbitrária e injusta da pena de morte".
A organização conta que um homem e uma mulher foram apedrejados em maio por terem feito sexo fora do casamento, apesar de uma moratória das mortes por esse método, declarada em 2002.
Segundo a Anistia, o tamanho das pedras usadas no Irã é determinado para não causar morte instantânea, mas matar aos poucos e com muito sofrimento.
Métodos
Em outro caso, esse nos Estados Unidos, Angel Diaz sofreu por 34 minutos antes de ser pronunciado morto porque os químicos usados para a execução foram injetados em seus tecidos moles ao invés da veia.
O incidente fez com que o governador da Flórida, Jeb Bush, suspendesse todas as execuções no Estado e apontasse uma comissão para "considerar a humanidade e a constitucionalidade das injeções letais".
Além das injeções e do apedrejamento, os métodos que vêm sendo usados desde 2000 incluem o esfaqueamento (na Somália) e a decapitação (na Arábia Saudita e no Iraque).
Estima-se que cerca de 20 mil pessoas estejam atualmente no corredor da morte em todo o mundo.
"A Anistia Internacional está pedindo uma moratória universal das execuções", disse Khan.
"A pena de morte é a punição mais cruel, desumana e degradante, se provou ineficaz em reduzir o crime e perpetua um clima de violência no qual a Justiça nunca poderá ser realmente alcançada."
Especial
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