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09/12/2009 - 01h15

Captura de Bin Laden é 'chave' para sucesso no Afeganistão, diz comandante dos EUA

da BBC Brasil

O mais alto comandante militar americano para o Afeganistão, general Stanley McChrystal, disse nesta terça-feira (8) que a Al Qaeda não será derrotada até que o líder da rede, Osama Bin Laden, seja capturado.

"Eu não acho que podemos derrotar definitivamente a Al Qaeda até que ele seja capturado ou morto", disse McChrystal em discurso no Congresso americano.

"Eu acredito que ele é uma figura icônica nesse momento, cuja sobrevivência incentiva a Al Qaeda como uma organização de franchise ao redor do mundo", afirmou.

Segundo ele, a morte ou captura de Bin Laden não significaria o fim da rede extremista, mas que a Al Qaeda não seria erradicada enquanto o líder estiver solto.

Paradeiro

Na última semana, o secretário da Defesa americano, Robert Gates, disse que os Estados Unidos não têm informações confiáveis sobre o paradeiro de Osama Bin Laden há anos.

"Bem, nós não sabemos de fato onde Osama Bin Laden está. Se soubéssemos, iríamos buscá-lo", disse Gates ao programa de televisão ABC This Week.

Há algumas semanas, um membro do Taleban detido no Paquistão disse que tinha informações de que Bin Laden estava no Afeganistão no início neste ano.

Mas Gates disse que não pode confirmar essa afirmação.

Tropas

Além das afirmações sobre a importância da captura do líder da Al Qaeda, McChrystal, elogiou o plano dos EUA de enviar mais 30 mil soldados ao país, dizendo que o sucesso no conflito afegão é possível.

Ele disse que a coalizão liderada pelos Estados Unidos enfrenta uma "insurgência complexa e resistente", que os afegãos desconfiam de seu governo e que a missão no país é "indiscutivelmente difícil".

"O sucesso requer um compromisso imediato e vai significar um aumento nos custos", disse ele.

O aumento no número de soldados "vai nos fornecer a habilidade de reverter a boa fase da insurgência e negar ao Taleban o acesso à população que o grupo necessita para sobreviver".

O general afirmou que acredita que não precisará recomendar outro aumento no número de soldados, mas não hesitaria em fazê-lo se as circunstâncias mudarem.

Na última semana, o presidente americano, Barack Obama, anunciou o envio de mais 30 mil soldados americanos ao Afeganistão e a possibilidade de que a retirada das tropas do país comece em 18 meses.

15 anos

Também nesta terça-feira, o presidente afegão, Hamid Karzai disse que o país deve demorar pelo menos 15 anos até se tornar capaz de sustentar suas próprias forças de segurança.

"Esperamos que a comunidade internacional e os Estados Unidos, como nosso mais importante aliado, ajudem o Afeganistão a manter uma força", disse ele após encontro com o secretário de Defesa americano, Robert Gates, em visita a Cabul.

"O Afeganistão quer assumir a responsabilidade de pagar por suas forças, mas isso não vai acontecer nos próximos 15 anos", disse ele.

Gates disse que os Estados Unidos não vão abandonar o Afeganistão como fizeram em 1989, quando houve a retirada das tropas soviéticas do país.

"Queremos ser parceiros (dos afegãos) por muito tempo", disse Gates.

Derrota

Ambos concordaram que o fortalecimento das forças de segurança permanece uma prioridade para o Afeganistão.

O secretário de Defesa disse esperar que o novo ministério a ser anunciado por Karzai já reflita a necessidade de se combater a corrupção no país.

Na segunda-feira, o prefeito de Cabul, Mir Ahad Sahebi, foi o primeiro alto membro do Executivo a ser condenado por apropriação de dinheiro público.

Também nesta terça-feira, Karzai condenou a morte de seis civis, incluindo uma mulher, supostamente em decorrência de uma operação liderada pelas tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na província de Laghman (leste do país).

Uma porta-voz da Otan disse que a operação matou sete militantes e capturou outros quatro, negando a morte de civis.

Comentários dos leitores
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
ROBERTO WILLIAM BANGOIM (80) 01/02/2010 22h08
Nao irá demorar , como alguns já disseram, o povo afegao irá perceber a ameaça....os interesses dos EUA E ALIADOS nao passa de interesses economicos num pais governado por corrupto e 'súdito dos BUSH. Obama demonstrou no seu nobel da paz a sua preferencia pela guerra. ORWEL estaria dando risadas pela contradicao que estamos assistindo no mundo. O premio da paz, faz e defende a guerra. E com certeza teremos insurgencias dos soldados afegaos para o combate contra o invansor. O episódio nao foi um incidente... foi um revide. Em breve teremos um reviravolta do povo afegao. Teremos muitas insurgencias das tropas para defender o pais do invasores... é só esperar para ver...está saindo do controle.... sem opinião
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Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Vitor Hugo Medeiros De Luca (2) 01/02/2010 10h17
Gostaria de aproveitar esta notícia para parabenizar o tão respeitado prêmio Nobel, por conceder um prêmio Nobel da Paz a uma pessoa que um mês depois de receber o prêmio envia mais 30.000 soldados ao Afeganistão e agora quer mais US$ 163 bilhoes (R$308 bilhoes) para fazer guerra.
O EUA tem vários interesses no Afeganistão, todos bem longe de pensar na dignidade do povo Afegão e é por isso que eles vão continuar tampando o sol com a peneira. Além disso, Obama não conseguiu liderar um acordo em Copenhaguem (e nem quis) sem falar da rodada Doha e do protecionismo - criticado por todos - feito à economia dos EUA na reforma pós crise econômica. Ainda prefiro Obama a John Maccain, mas ele está MUITO aquém das expectativas. Não tenho dúvidas de que Zilda Arns merecia este prêmio muito mais do que Obama, mas talvez a simplicidade dela não caiba no jogo de interesses deste prêmio.
26 opiniões
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Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
Marcello Sokal (107) 01/02/2010 09h00
E viva a alta tecnologia!.Será que os pretensos "donos do mundo" ,que se dizem tão evoluídos.não conseguem identificar quem é quem no campo de batalha?. O "fogo amigo" não é raro em áreas que os U.S.A atuam,bastar acompanhar os noticiários,estão longe de ser o que apresentam nos filmes, para iludir os tolos de cabeça fraca. Vão perder essa guerra,a do iraque e terão de botar o rabo entre as pernas e cuidar de seus próprios assuntos.Essa de "xerife do mundo" não é mais viável, essas guerras e intervenções a tempos vêm exaurindo o país - e seus contribuintes (manipulados pelo governo mentiroso) - a derrocada é inevitável.Até o próximo século as coisas serão bem diferentes,espero para melhor. Os U.S.A quiseram ser uma nova Roma,mas não conseguiram e nunca conseguirão seu intento. Falando em Roma,esse império governou por 1.000 anos e os U.S.A?. 55 opiniões
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