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30/12/2009 - 15h49

Ahmadinejad diz que protestos da oposição"'não mudam mentalidade" do Irã

da BBC Brasil

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse nesta quarta-feira que as recentes manifestações organizadas pela oposição "não mudariam a mentalidade do país".

"Eles (os oposicionistas) pensam que podem mudar a mentalidade do país a respeito de suas metas", disse Ahmadinejad em uma entrevista televisionada.

"O Irã permanece desempenhando normalmente suas atividades e todos os setores do país estão progredindo", completou.

Na terça-feira, Ahmadinejad disse que os protestos oposicionistas de domingo, que deixaram oito mortos após a ação repressora das Forças de Segurança, seriam uma "farsa nauseante" apoiada pelo ocidente.

Países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, França e Grã-Bretanha condenaram a repressão aos manifestantes.

Protestos

Também nesta quarta-feira ocorreram em várias cidades iranianas manifestações pró-governo, segundo a imprensa do país.

Não está claro quantas pessoas participam dos eventos, mas a TV iraniana mostrou imagens de grandes multidões na capital, Teerã.

Setores mais religiosos dizem ter se ofendido pelo fato de a oposição ter realizado as manifestações durante as festividades da Ashura, uma importante data para os muçulmanos xiitas, maioria no país.

Abbas Vaez-Tabasi, um representante do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que os líderes da oposição seriam "inimigos de Deus" e que deveriam ser executados.

Pelo menos 20 líderes da oposição foram presos desde domingo, incluindo o cunhado do líder oposicionista Mir Hossein Mousavi e a irmã da Prêmio Nobel da Paz iraniana, Shrin Ebadi, de acordo com sites da oposição.

Os protestos oposicionistas começaram após as acusações de fraude nas eleições presidenciais de junho. Na época, centenas de oposicionistas foram detidos.

O país voltou a ser palco de protestos diários de oposicionistas desde a morte, no dia 19 de dezembro, de um dos principais clérigos dissidentes do Irã, Hoseyn Ali Montazeri, e as forças de segurança do país têm entrado em confronto com os manifestantes.

 

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