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Vazamento faz EUA retirar trabalhadores de outra plataforma de petróleo
da BBC Brasil
Autoridades americanas retiraram as pessoas nesta segunda-feira de uma nova plataforma de petróleo no Golfo do México, próxima do local onde outra plataforma explodiu e afundou na semana passada.
Vazamento de plataforma afundada ameaça causar desastre ambiental
EUA encerram buscas por 11 desaparecidos em explosão de plataforma de petróleo
Explosão afunda plataforma de petróleo no golfo do México
Reuters/U.S. Coast Guard | ||
Explosão em plataforma de petróleo no Golfo do México na terça-feira passada (20) deixou 11 desaparecidos |
Segundo o Serviço de Administração de Minérios dos EUA (MMS, na sigla em inglês), a decisão de retirar os trabalhadores da plataforma Ocean Endeavour foi tomada porque o vazamento de óleo causado pela explosão estaria "perigosamente próximo" do local.
Uma porta-voz do Serviço disse que as autoridades estão sendo extremamente cautelosas depois da explosão da semana passada.
A plataforma Deepwater Horizon, da empresa British Petroleum (BP), explodiu na terça-feira passada (20) e afundou na quinta-feira (22), depois de ficar dois dias em chamas.
Os esforços de limpeza do óleo em frente à costa da Louisiana foram suspensos nos últimos dois dias por causa do mau tempo na região e a mancha no mar já chega a cerca de 1,5 mil quilômetros quadrados.
Uma empresa britânica está usando submarinos-robôs para tentar conter o petróleo. Essa é a primeira vez que essa estratégia, com os aparelhos controlados remotamente de um navio na superfície, está sendo usada para tentar controlar esse tipo de problema.
Desastre
A BP vem usando os submarinos, equipados com câmeras, para tentar fechar as válvulas e parar o vazamento a 1,5 quilômetro de profundidade.
A operação deve durar de 24 a 36 horas e não há garantias de que ela será bem sucedida.
Se a iniciativa falhar, a alternativa seria abrir um poço vizinho ao que está vazando e desviar o fluxo de petróleo, algo que levaria meses.
Onze funcionários da plataforma continuam desaparecidos e acredita-se que eles tenham morrido no acidente. Mais de cem funcionários foram resgatados antes de as buscas terem sido encerradas.
Segundo as autoridades locais, o vazamento de petróleo --de quase 160 mil litros por dia-- tem potencial para danificar praias, ilhotas e manguezais na costa da região, causando um desastre ambiental.
A plataforma realizava perfurações exploratórias 84 quilômetros ao sudoeste de Venice, na Louisiana, quando ocorreu a explosão.
A empresa também acionou mais de 30 navios e vários aviões para espalhar agentes dispersantes sobre a mancha de óleo, mas os esforços foram suspensos no fim de semana por causa do mau tempo.
Por enquanto, as condições meteorológicas estão mantendo a mancha distante da costa e especialistas esperam que as ondas ajudem a "quebrar" a mancha, permitindo que o óleo endureça e desça para o chão do oceano.
Prioridade
Inicialmente, a guarda costeira acreditava estar lidando apenas com um vazamento residual na superfície, mas depois constatou que havia óleo vazando de canos.
No ano passado, a BP foi multada em US$ 87 milhões por não ter melhorado as condições de segurança depois de uma enorme explosão que provocou a morte de 15 pessoas em uma refinaria na cidade do Texas.
O Serviço de Administração Mineral dos Estados Unidos tinha realizado inspeções de rotina na plataforma Deepwater Horizon em fevereiro, março e abril deste ano, sem encontrar nenhuma violação às normas de segurança.
A causa da explosão ainda não foi identificada.
Na quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, disse que seu governo está oferecendo "toda assistência necessária" para o resgate e para os esforços de limpeza na região.
Ele descreveu a crise na plataforma operada pela BP como a "prioridade número um" de seu governo.
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