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30/01/2002 - 13h27

Fórum Econômico Mundial muda rotina de Nova York

DENIZE BACOCCINA
da BBC, em Nova York

A polícia de Nova York começou a bloquear as ruas ao redor do hotel Waldorf-Astoria, onde vão ser realizadas as reuniões do Fórum Econômico Mundial a partir desta quinta-feira.

Os pedestres estão tendo que passar por pontos de controle e são revistados ao entrar na área cercada ao redor do hotel.

A polícia está aconselhando as pessoas a evitar o local e usar transporte coletivo em vez de carro nos próximos dias, caso precisem ir para a região.

As ruas da área vão continuar fechadas até a próxima segunda-feira.

Congestionamento
O bloqueio já provocou congestionamentos na área próxima ao hotel, que fica na Lexington Avenue, entre as ruas 49 e 50, numa região nobre de Manhattan.

Os hotéis que ficam dentro da área de segurança enviaram avisos aos hóspedes informando sobre a possibilidade de a polícia revistar as bolsas e a bagagem dos turistas.

Cerca de 3.800 policiais estarão nas ruas durante todos os dias do encontro. Outros 700 policiais também ficarão de sobreaviso para entrar em ação em caso de tumultos.

O policiamento também será reforçado em outros pontos da cidade, como aeroportos e lojas que já foram alvos de protestos antiglobalização em outras ocasiões.

Uma das passeatas programadas para sábado vai passar em frente a várias lojas e sedes de grandes empresas associadas à globalização.

Para os novaiorquinos, a megaoperação de segurança lembra as primeiras semanas depois dos atentados de 11 de setembro.

A polícia promete prender qualquer pessoa que estiver usando máscaras.

Em protestos realizados em outras cidades, grupos de manifestantes usando máscaras foram considerados responsáveis por protestos violentos.

Todos os grupos que planejam protestar contra o Fórum Econômico Mundial, no entanto, prometem fazer manifestações pacíficas.

Metrô e lojas fechadas
Alem do trânsito, os usuários de metrô também podem sofrer com as fortes medidas de segurança adotadas para proteger os 2.700 participantes do evento.

Algumas estações próximas ao Waldorf-Astoria poderão ser fechadas.

A polícia também está lacrando as portas de alguns estabelecimentos comerciais, como a lanchonete do W Hotel, por exemplo.

Linda Panzini, dona de uma banca de jornais a um quarteirão do Waldorf-Astoria, não está contente com todo o transtorno que o reforço da segurança vai causar ao seu negócio e acha que a cidade está gastando muito dinheiro com segurança.

"Acho que vai ser um caos. Vou ter que fechar a banca na quinta e na sexta e vai ser difícil para muita gente que tem que trabalhar por aqui", afirmou.

A realização do fórum em uma cidade grande traz novos desafios para os organizadores.

Em Davos, a estação de esqui nos Alpes suíços onde o encontro foi realizado nos últimos 30 anos, a polícia conseguia evitar que os manifestantes chegassem à cidade, no alto das montanhas.

Na cidade suíça, o fórum ocorria em um espaço no qual os participantes podiam se deslocar com segurança, num ambiente informal, sem riscos de serem confrontados por organizações que não concordam com suas idéias.

Jornalistas de fora
Em Nova York, nem mesmo os jornalistas terão acesso ao local das conferência.

A sala de imprensa fica num hotel vizinho, e os debates serão transmitidos por telão.

Neste outro hotel, o Intercontinental, a segurança também está bastante reforçada.

O que mais preocupa a polícia, porém, são os eventos realizados fora do Waldorf-Astoria.

É o caso de um baile de gala marcado para a sede da Bolsa de Valores de Nova York, no distrito financeiro da cidade, a poucos quarteirões de onde ficava o World Trade Center.

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