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05/11/2000 - 09h45

Lula abafa debate sobre outros nomes

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

Luiz Inácio Lula da Silva abafou um debate no PT a respeito de um candidato à Presidência da República em 2002 alternativo a ele. Fechado com Lula, o presidente do PT, José Dirceu, enviou recados duros a quem discutiu o assunto após as eleições municipais, argumentando que expor isso publicamente seria uma "queimação" e um desrespeito a Lula.

"Se nos momentos difíceis fui candidato, também poderia ser no momento bom", disse Lula na segunda passada, numa mensagem direta a quem defende que não concorra em 2002. Se decidir disputar, leva fácil a indicação. Se recusar, não quer dar a impressão de que foi forçado a desistir.

Depois do bom resultado do PT nas eleições, conquistando 187 prefeituras (entre elas, seis capitais), Lula animou-se a disputar a Presidência pela quarta vez, mas não bateu o martelo. Prometeu anunciar sua decisão até março. Quem tem conversado com Lula sai convencido de que ele será candidato. O petista está consultando pessoas próximas a respeito de um plano político e de marketing para diminuir a rejeição.

O principal líder do PT avalia que foi para o sacrifício em 98, quando perdeu para o presidente Fernando Henrique Cardoso, então candidato à reeleição. Em 2002, crê que terá melhor chance se as administrações municipais do partido tivere sucesso e se a rejeição a seu nome diminuir. Apesar de ter cerca 30% de apoio nas pesquisas de intenção de voto, a rejeição na casa dos 35% é o maior obstáculo de Lula.

O raciocínio que se faz no PT é o seguinte: Lula terá em 2002 a última chance de disputar como candidato natural do partido. No pleito de 2006, uma safra de administradores experientes certamente vai competir com ele. Marta Suplicy, em São Paulo, e Tarso Genro, que ganhou em Porto Alegre, cobiçam abertamente a vaga.

Se não disputar, Lula deseja ter o controle da indicação. Seu predileto, hoje, é o deputado José Genoino (PT). Lula o considera o perfil mais amplo para conquistar eleitores que rejeitam a sigla. Aloizio Mercadante, líder da sigla na Câmara, seria a segunda opção.

O grupo de Lula não apoiaria Eduardo Suplicy, o que chegou a contrariar Marta Suplicy e o próprio senador. O ex-governador Cristovam Buarque (DF) também é citado, mas teria dificuldade no partido. Dirceu é cotado, apesar de se auto-excluir da lista.

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