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07/11/2000 - 18h48

Promotores investigam desvio de verba destinada a saúde indígena

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da Agência Folha

O Ministério Público Federal vem investigando, há três meses, supostos desvios da verba de R$ 1,3 milhão destinada à saúde dos índios em Altamira (PA).

O procurador da República Felício Pontes Júnior esteve hoje na aldeia Ipixuna, onde 218 índios arauetés (79,5% da aldeia) estão com catapora. "Temos que verificar se houve negligência, já que o primeiro caso foi registrado em julho."

Cinco índios arauetés morreram por causa do surto de catapora e outros 29 estão internados no hospital São Rafael e na Casa do Índio de Altamira.

O procurador da República Cláudio Chequer disse que a Funai (Fundação Nacional do Índio) e o Cimi (Conselho Indigenista Missionário) vêm denunciado há vários meses o desvio de dinheiro.

Segundo Marco Antonio Reis, coordenador do Cimi, a Prefeitura de Altamira teria desviado dinheiro do convênio com a Funasa para construção de postos odontológicos na cidade, além de comprar equipamentos sem licitação.

A assessoria de imprensa da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) informou que, este ano, R$ 1,3 milhão foi destinado para os 1.574 índios das 12 reservas indígenas de Altamira. Outros R$ 600 mil ainda devem ser liberados.

O secretário de Saúde de Altamira, Francisco Canedo, negou que haja qualquer irregularidade e disse que o dinheiro está sendo investido nas aldeias. Três postos de saúde foram entregues e outros três estão sendo construídos, um deles em Ipixuna.

Outros casos

Atualmente outras sete aldeias de etnias diferentes registram casos de catapora na região do Médio Xingu, mas não houve registro de mortes. Na aldeia Pacajá, 148 dos 359 caiapós xicrins foram contaminados. Entre os curuais da aldeia Curuá, 34% dos 88 índios estão com a doença.


(LUÍS INDRIUNAS)
 

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