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18/11/2000 - 03h56

PT reage a crítica interna e defende escolha de Sayad

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da Folha de S.Paulo

O líder do PT na Câmara, deputado Aloizio Mercadante (SP), disse ontem que a escolha do ex-banqueiro João Sayad para ser secretário de Finanças de São Paulo pela prefeita eleita, Marta Suplicy, foi "amplamente aceita" dentro do partido.

Foi uma resposta da cúpula partidária às críticas feitas anteontem pela deputada estadual gaúcha Luciana Genro, 29, expoente da ala "radical" do PT, à indicação de Sayad.

A deputada, filha do prefeito eleito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT),
afirmou que a nomeação demonstra que o partido "deseja defender um setor da burguesia nacional".

Foi a primeira manifestação pública de descontentamento dentro do partido com a indicação .

Sayad, ex-ministro do Planejamento na gestão de José Sarney na Presidência da República, não é filiado ao PT e votou em Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno das eleições municipais.

Luciana integra a corrente interna Movimento Esquerda Socialista, de extrema esquerda.

Para Mercadante, a posição de Luciana não é predominante no partido. "No caso do PT de São Paulo, principalmente, esse tipo de crítica é isolado. O nome de Sayad foi muito bem recebido", declarou.

Para o deputado, pesou na escolha o fato de Sayad, além de experiente, ser também um crítico do atual modelo econômico do governo federal.

"Ele nunca deixou de ser um acadêmico, um professor universitário. E está montando uma equipe de trabalho bastante afinada com os ideais do PT", afirmou.

De acordo com Mercadante, a inclusão de uma pessoa de fora das fileiras petistas em um governo do partido demonstra "maturidade".

"Mostra que o PT tem a intenção de fazer governos amplos. Essa posição da Marta de chamar o Sayad contou com amplo respaldo da direção nacional petista e da bancada federal", declarou.

Marta está atualmente em viagem aos EUA, onde foi tentar obter financiamentos para a prefeitura. Ela retorna no início da semana que vem.
(FÁBIO ZANINI)
 

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