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18/11/2000
-
18h56
da Folha de S. Paulo
O Brasil obteve uma vitória política e conseguiu incluir no documento final da 10ª Cúpula Ibero-Americana a menção explícita de que o Programa Bolsa-Escola -criado e difundido pelo PT- deve servir de modelo para possibilitar que todas as crianças tenham acesso à escola até 2015.
O evento, realizado neste final de semana no Panamá, reuniu representantes de 21 países.
Segundo dados apresentados no encontro, que teve como tema central a busca da igualdade e da Justiça entre crianças e jovens, são mais de 22 milhões de crianças fora da escola nos países participantes. Isso significa pouco mais de 10% da população jovem da área.
A presidente do Panamá, Mireya Moscoso, demonstrou interesse em adotar o programa. Tanto que o ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque (PT), criador e principal defensor do Bolsa-Escola, já visitou o país para explicar o funcionamento. A Costa Rica e o México desenvolvem ações baseadas no programa, tido como "inovador", segundo o documento final da cúpula.
Outra vitória da diplomacia brasileira foi a de incluir na "Declaração do Panamá" a adoção de medidas contra a violência infanto-juvenil e intrafamiliar.
Segundo assessores do presidente Fernando Henrique Cardoso, uma de suas preocupações agora é com o fato de 70% das mortes de jovens entre 16 e 24 anos registradas no Brasil terem como causa a violência.
Também tem preocupado o presidente o aumento do registro de casos de prostituição infantil e de abuso sexual.
No documento final, o Brasil também conseguiu fazer menção sobre o comércio ilícito de pequenas armas. O país cobra dos demais "esforços necessários para obter resultados concretos" na redução desse comércio.
Mas, apesar de o tema do encontro ser crianças e jovens, não foi possível fugir dos assuntos recorrentes do momento _estabilidade econômica, política da América Latina, além do aumento da violência urbana e do narcotráfico.
As dificuldades fiscais e estruturais enfrentadas pelos argentinos, o futuro do Mercosul e o da economia cubana estiveram na pauta das conversas de FHC com seus colegas. Outro tema que teve espaço na agenda do encontro foi a questão da Colômbia.
Os países vizinhos ainda se mostram preocupados com o agravamento da situação interna da Colômbia.
Brasil inclui programa petista em documento final
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O Brasil obteve uma vitória política e conseguiu incluir no documento final da 10ª Cúpula Ibero-Americana a menção explícita de que o Programa Bolsa-Escola -criado e difundido pelo PT- deve servir de modelo para possibilitar que todas as crianças tenham acesso à escola até 2015.
O evento, realizado neste final de semana no Panamá, reuniu representantes de 21 países.
Segundo dados apresentados no encontro, que teve como tema central a busca da igualdade e da Justiça entre crianças e jovens, são mais de 22 milhões de crianças fora da escola nos países participantes. Isso significa pouco mais de 10% da população jovem da área.
A presidente do Panamá, Mireya Moscoso, demonstrou interesse em adotar o programa. Tanto que o ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque (PT), criador e principal defensor do Bolsa-Escola, já visitou o país para explicar o funcionamento. A Costa Rica e o México desenvolvem ações baseadas no programa, tido como "inovador", segundo o documento final da cúpula.
Outra vitória da diplomacia brasileira foi a de incluir na "Declaração do Panamá" a adoção de medidas contra a violência infanto-juvenil e intrafamiliar.
Segundo assessores do presidente Fernando Henrique Cardoso, uma de suas preocupações agora é com o fato de 70% das mortes de jovens entre 16 e 24 anos registradas no Brasil terem como causa a violência.
Também tem preocupado o presidente o aumento do registro de casos de prostituição infantil e de abuso sexual.
No documento final, o Brasil também conseguiu fazer menção sobre o comércio ilícito de pequenas armas. O país cobra dos demais "esforços necessários para obter resultados concretos" na redução desse comércio.
Mas, apesar de o tema do encontro ser crianças e jovens, não foi possível fugir dos assuntos recorrentes do momento _estabilidade econômica, política da América Latina, além do aumento da violência urbana e do narcotráfico.
As dificuldades fiscais e estruturais enfrentadas pelos argentinos, o futuro do Mercosul e o da economia cubana estiveram na pauta das conversas de FHC com seus colegas. Outro tema que teve espaço na agenda do encontro foi a questão da Colômbia.
Os países vizinhos ainda se mostram preocupados com o agravamento da situação interna da Colômbia.
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