Publicidade
Publicidade
25/11/2000
-
03h32
LUIZA DAMÉ e RAQUEL ULHÔA, da Folha de S.Paulo
O governo está apreensivo com a antecipação da campanha da sucessão no Congresso e avalia que a discussão está atrapalhando as votações de projetos de interesse do Palácio do Planalto.
A pauta da Câmara, por exemplo, está trancada desde o início de outubro.
O projeto que trata da previdência complementar dos servidores públicos está parado por causa da resistência do PMDB. Mais do que dificuldades de mérito, o governo avalia que há problemas políticos, tanto que acionou o ministro peemedebista Eliseu Padilha (Transportes) para entrar na negociação.
A sucessão colocou de um lado o PFL e de outro o PMDB e o PSDB. Na Câmara, o líder tucano Aécio Neves (MG), com o apoio do PMDB, disputa a presidência com o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE).
Em contrapartida, o PSDB anunciou que apoiará o candidato do PMDB no Senado, provavelmente Jader Barbalho (PA). O problema é que o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (BA), inimigo político de Jader, é contra a candidatura do peemedebista.
A Folha apurou que o Planalto espera que os próprios aliados se entendam no Congresso e evitem que o presidente Fernando Henrique Cardoso tenha de interferir na disputa. As eleições vão ocorrer na primeira quinzena de fevereiro.
Segundo líderes governistas, o Planalto concluiu que não tem mais condições de impedir a candidatura de Aécio Neves, que ganhou força com a declaração de apoio do governador Mário Covas (PSDB-SP) e do PMDB.
De acordo com essa avaliação, Inocêncio percebeu muito tarde o crescimento da candidatura de Aécio. Os deputados Valdemar Costa Neto (PL-SP) e Severino Cavalcanti (PPB-PE) também são candidatos à presidência da Câmara.
No Senado, o PFL está oferecendo à oposição várias alternativas à candidatura de Jader. O partido assumiu o veto de ACM a Jader e busca um nome com chance de vitória.
Para enfrentar a candidatura de Jader -que ainda não foi formalizada, mas é a única oficialmente lançada na bancada- o partido de ACM prefere a opção José Sarney (PMDB-AP), mas aceita apoiar outro candidato peemedebista ou um nome do PSDB.
O PFL não descarta nem mesmo o lançamento de candidatura própria.
O lançamento de um pefelista ocorreria em último caso, mas as opções mais consideradas são o líder, Hugo Napoleão (PI), e o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e vice-presidente do partido, José Agripino (RN). No PSDB, o nome mais falado é o de Artur da Távola (RJ).
Em meio ao tumulto, a situação mais confortável é a dos partidos de oposição, que têm sido cortejados tanto por Jader quanto por Napoleão, que negocia pelo PFL.
Aumento de disputa por sucessão interrompe votação de projetos
Publicidade
O governo está apreensivo com a antecipação da campanha da sucessão no Congresso e avalia que a discussão está atrapalhando as votações de projetos de interesse do Palácio do Planalto.
A pauta da Câmara, por exemplo, está trancada desde o início de outubro.
O projeto que trata da previdência complementar dos servidores públicos está parado por causa da resistência do PMDB. Mais do que dificuldades de mérito, o governo avalia que há problemas políticos, tanto que acionou o ministro peemedebista Eliseu Padilha (Transportes) para entrar na negociação.
A sucessão colocou de um lado o PFL e de outro o PMDB e o PSDB. Na Câmara, o líder tucano Aécio Neves (MG), com o apoio do PMDB, disputa a presidência com o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE).
Em contrapartida, o PSDB anunciou que apoiará o candidato do PMDB no Senado, provavelmente Jader Barbalho (PA). O problema é que o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (BA), inimigo político de Jader, é contra a candidatura do peemedebista.
A Folha apurou que o Planalto espera que os próprios aliados se entendam no Congresso e evitem que o presidente Fernando Henrique Cardoso tenha de interferir na disputa. As eleições vão ocorrer na primeira quinzena de fevereiro.
Segundo líderes governistas, o Planalto concluiu que não tem mais condições de impedir a candidatura de Aécio Neves, que ganhou força com a declaração de apoio do governador Mário Covas (PSDB-SP) e do PMDB.
De acordo com essa avaliação, Inocêncio percebeu muito tarde o crescimento da candidatura de Aécio. Os deputados Valdemar Costa Neto (PL-SP) e Severino Cavalcanti (PPB-PE) também são candidatos à presidência da Câmara.
No Senado, o PFL está oferecendo à oposição várias alternativas à candidatura de Jader. O partido assumiu o veto de ACM a Jader e busca um nome com chance de vitória.
Para enfrentar a candidatura de Jader -que ainda não foi formalizada, mas é a única oficialmente lançada na bancada- o partido de ACM prefere a opção José Sarney (PMDB-AP), mas aceita apoiar outro candidato peemedebista ou um nome do PSDB.
O PFL não descarta nem mesmo o lançamento de candidatura própria.
O lançamento de um pefelista ocorreria em último caso, mas as opções mais consideradas são o líder, Hugo Napoleão (PI), e o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e vice-presidente do partido, José Agripino (RN). No PSDB, o nome mais falado é o de Artur da Távola (RJ).
Em meio ao tumulto, a situação mais confortável é a dos partidos de oposição, que têm sido cortejados tanto por Jader quanto por Napoleão, que negocia pelo PFL.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice