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25/11/2000
-
03h38
ANTONIO CARLOS DE FARIA, da Folha de S.Paulo
O prefeito eleito pelo PT em Recife, João Paulo, disse ontem no Rio que se fosse Luiz Inácio Lula da Silva não tentaria pela quarta vez chegar à Presidência.
"O meu candidato à Presidência é Lula, mas, se eu fosse ele, não me candidataria", disse João Paulo, esclarecendo que essa opinião não é tão hermética quanto a meditação transcendental que pratica todos os dias.
Ele crê que o partido tem que definir logo uma estratégia para vencer a rejeição contra Lula no país. Para o petista, Lula já perdeu três eleições presidenciais porque sofre discriminação por parte do eleitorado, que não compreende ou não concorda com as idéias petistas, além de não aceitar a origem humilde do candidato.
"O PT tem que parar de esconder que essa rejeição existe e começar a enfrentá-la, com uma estratégia séria. Só assim Lula terá condições de vitória", afirmou.
João Paulo fez um comício no centro do Rio, acompanhado do deputado federal Milton Temer e do deputado estadual Chico Alencar. Os dois o convidaram a vir à cidade para participar de um seminário que tenta reconstituir o PT carioca, dilacerado pela disputa de tendências rivais.
Os três disseram que é benéfica a iniciativa do senador Eduardo Suplicy, que se lançou como opção do partido para a Presidência, disposto a concorrer numa prévia eleitoral petista. Mas nenhum declarou que apoiaria o senador.
"A atitude de Suplicy denuncia um erro dentro do PT. Não podemos deixar a discussão sobre a candidatura para 2002", afirma Temer, para quem o
vácuo criado pela falta de um nome "pode levar o partido à ebulição".
Para Alencar, "o nome de Lula já não é um consenso para os petistas". Ele concordou com a análise de João Paulo. "É preciso ser realista e pensar nos vários fatores que nos levaram a perder as últimas três eleições presidenciais, além da união da direita, que soube explorar nossas fraquezas."
Temer e Alencar apontam o deputado federal José Genoino (PT-SP) como a melhor alternativa para 2002, caso Lula não dispute.
"Genoino é o único que tem o poder de unir o partido, assim como Lula o faz, mas já disse que quer concorrer ao governo de São Paulo", afirmou Temer.
João Paulo disse que vai buscar parcerias com os governos estadual e federal para poder desenvolver seu programa de governo, mesmo tendo se elegido como candidato de oposição. "Vamos fazer uma administração baseada na busca de apoios. Vencemos uma eleição, não fizemos uma revolução socialista".
Se fosse Lula, não tentaria, diz João Paulo
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O prefeito eleito pelo PT em Recife, João Paulo, disse ontem no Rio que se fosse Luiz Inácio Lula da Silva não tentaria pela quarta vez chegar à Presidência.
"O meu candidato à Presidência é Lula, mas, se eu fosse ele, não me candidataria", disse João Paulo, esclarecendo que essa opinião não é tão hermética quanto a meditação transcendental que pratica todos os dias.
Ele crê que o partido tem que definir logo uma estratégia para vencer a rejeição contra Lula no país. Para o petista, Lula já perdeu três eleições presidenciais porque sofre discriminação por parte do eleitorado, que não compreende ou não concorda com as idéias petistas, além de não aceitar a origem humilde do candidato.
"O PT tem que parar de esconder que essa rejeição existe e começar a enfrentá-la, com uma estratégia séria. Só assim Lula terá condições de vitória", afirmou.
João Paulo fez um comício no centro do Rio, acompanhado do deputado federal Milton Temer e do deputado estadual Chico Alencar. Os dois o convidaram a vir à cidade para participar de um seminário que tenta reconstituir o PT carioca, dilacerado pela disputa de tendências rivais.
Os três disseram que é benéfica a iniciativa do senador Eduardo Suplicy, que se lançou como opção do partido para a Presidência, disposto a concorrer numa prévia eleitoral petista. Mas nenhum declarou que apoiaria o senador.
"A atitude de Suplicy denuncia um erro dentro do PT. Não podemos deixar a discussão sobre a candidatura para 2002", afirma Temer, para quem o
vácuo criado pela falta de um nome "pode levar o partido à ebulição".
Para Alencar, "o nome de Lula já não é um consenso para os petistas". Ele concordou com a análise de João Paulo. "É preciso ser realista e pensar nos vários fatores que nos levaram a perder as últimas três eleições presidenciais, além da união da direita, que soube explorar nossas fraquezas."
Temer e Alencar apontam o deputado federal José Genoino (PT-SP) como a melhor alternativa para 2002, caso Lula não dispute.
"Genoino é o único que tem o poder de unir o partido, assim como Lula o faz, mas já disse que quer concorrer ao governo de São Paulo", afirmou Temer.
João Paulo disse que vai buscar parcerias com os governos estadual e federal para poder desenvolver seu programa de governo, mesmo tendo se elegido como candidato de oposição. "Vamos fazer uma administração baseada na busca de apoios. Vencemos uma eleição, não fizemos uma revolução socialista".
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