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08/12/2000
-
22h53
da Folha Online
O ministro da Justiça, José Gregori, divulgou nesta noite nota oficial sobre a prisão do juiz Nicolau dos Santos Neto. Leia abaixo a íntegra:
"No dia de hoje, o juiz Nicolau dos Santos Neto foi recolhido à carceragem da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
Ontem, seu advogado, doutor Luíz Toron entrou em contato com o delegado Roberto Precioso, da Polícia Federal, atualmente à disposição do Ministério da Justiça, manifestando o desejo de apresentar seu cliente e solicitando que o acompanhasse até o local onde o juiz Nicolau se encontrava.
Recebida a autorização do seu superior, Agilio Monteiro Filho, o delegado Precioso, na companhia do advogado doutor Luiz Toron, conduziram o juiz Nicolau à Polícia Federal.
O ministro da Justiça, informado, determinou ao dr. Agilio Monteiro Filho, diretor-geral da Polícia Federal, que viesse do Paraná para São Paulo, afim de cumprir as providências legais cabíveis no momento: lavratura do auto de apresentação e exame de corpo de delito.
A apresentação do juiz Nicolau foi incondicionada e não resultou de qualquer negociação ou acordo e, por certo, deu-se em razão do cerco que a equipe especial da Polícia Federal desenvolveu e da força tarefa que, reunindo várias agências públicas, bloqueou no exterior vários de seus bens.
A partir do término das citadas providências legais, o juiz Nicolau ficará à disposição do juiz federal Cazem Mazloum, que determinou sua prisão, no bojo do processo judicial penal que lhe é movido. Salvo sua garantia e integridade física, o juiz Nicolau não contará com nenhuma regalia, tendo direito por força de seu grau à prisão especial.
A imensa visibilidade nacional do caso que envolve o juiz e sua fuga por mais de 200 dias ensejou críticas e mesmo indignação da opinião pública que, agora, deverá extrair do episódio, a lição de que, no Brasil novo e democrático que estamos construindo, não há lugar para a impunidade e que, cedo ou tarde, mas com a certeza das coisas inevitáveis, os que tiverem contas a ajustar com a Justiça - usem colarinho branco ou camiseta - serão alcançados pela firmeza da lei, sem violência, mas com o rigor de todas as suas consequências."
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Leia íntegra da nota de Gregori sobre a prisão de Nicolau
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O ministro da Justiça, José Gregori, divulgou nesta noite nota oficial sobre a prisão do juiz Nicolau dos Santos Neto. Leia abaixo a íntegra:
"No dia de hoje, o juiz Nicolau dos Santos Neto foi recolhido à carceragem da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo.
Ontem, seu advogado, doutor Luíz Toron entrou em contato com o delegado Roberto Precioso, da Polícia Federal, atualmente à disposição do Ministério da Justiça, manifestando o desejo de apresentar seu cliente e solicitando que o acompanhasse até o local onde o juiz Nicolau se encontrava.
Recebida a autorização do seu superior, Agilio Monteiro Filho, o delegado Precioso, na companhia do advogado doutor Luiz Toron, conduziram o juiz Nicolau à Polícia Federal.
O ministro da Justiça, informado, determinou ao dr. Agilio Monteiro Filho, diretor-geral da Polícia Federal, que viesse do Paraná para São Paulo, afim de cumprir as providências legais cabíveis no momento: lavratura do auto de apresentação e exame de corpo de delito.
A apresentação do juiz Nicolau foi incondicionada e não resultou de qualquer negociação ou acordo e, por certo, deu-se em razão do cerco que a equipe especial da Polícia Federal desenvolveu e da força tarefa que, reunindo várias agências públicas, bloqueou no exterior vários de seus bens.
A partir do término das citadas providências legais, o juiz Nicolau ficará à disposição do juiz federal Cazem Mazloum, que determinou sua prisão, no bojo do processo judicial penal que lhe é movido. Salvo sua garantia e integridade física, o juiz Nicolau não contará com nenhuma regalia, tendo direito por força de seu grau à prisão especial.
A imensa visibilidade nacional do caso que envolve o juiz e sua fuga por mais de 200 dias ensejou críticas e mesmo indignação da opinião pública que, agora, deverá extrair do episódio, a lição de que, no Brasil novo e democrático que estamos construindo, não há lugar para a impunidade e que, cedo ou tarde, mas com a certeza das coisas inevitáveis, os que tiverem contas a ajustar com a Justiça - usem colarinho branco ou camiseta - serão alcançados pela firmeza da lei, sem violência, mas com o rigor de todas as suas consequências."
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