08/12/2000 - 23h28

Saiba quem são os envolvidos no caso do TRT

da Folha Online

Collor
Em 92, no governo Collor (90-92), foi autorizada e iniciada a obra do fórum. Collor já estava em baixa, mas o amigo Luiz Estevão mantinha-se ao seu lado

Itamar e FHC
A maior parte do dinheiro para a obra do TRT foi liberada no governo Itamar e no primeiro mandato de FHC. O atual presidente negou que liberasse os recursos, mas documentos com sua assinatura pedem mais verbas para a obra

Eduardo Jorge
Secretário de FHC no primeiro mandato, Eduardo Jorge foi também seu assessor no Senado e na Fazenda. Deixou o governo depois da reeleição, mas, durante a campanha articulou com o amigo Luiz Estevão o apoio de FHC à candidatura de Joaquim Roriz ao DF. Gravações da "IstoÉ" revelam seu envolvimento com a obra do fórum

Nicolau dos Santos Neto
O ex-presidente do TRT deu 117 telefonemas a Eduardo Jorge, que justificou as ligações como um esquema para neutralizar juízes classistas contrários ao Plano Real. O ex-juiz está foragido e é um dos principais acusados pelos desvios

Luiz Estevão
O empresário, dono do Grupo OK, amigo de Collor, de Eduardo Jorge e do juiz Nicolau, recebeu R$ 62 milhões do total de dinheiro repassado à Incal, de Fábio Monteiro de Barros, dono da Incal, responsável pela obra do TRT. Teve o mandato cassado, já foi preso e solto e está sendo investigado pela PF e pelo Ministério Público, por seu envolvimento com a construção do fórum

Romeu Tuma
O senador Romeu Tuma (PFL), candidato à Prefeitura de São Paulo, teria tido vários encontros com o juiz Nicolau dos Santos Neto durante a construção do TRT-SP. Em gravação da revista "IstoÉ", Tuma é citado como um dos agentes responsáveis pela facilitação da liberação da verba federal. Seu filho, Robson Tuma, também é citado no suposto esquema. Romeu Tuma foi o relator, no Senado, do pedido de cassação de Luiz Estevão. Em sua defesa, afirma estar envolvido no caso "por razões políticas".

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