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09/12/2000
-
14h25
LÚCIA CALASSO
da Folha Online
De acordo com o porta voz e delegado Gilberto Tadeu Vieira, a Polícia Federal teve que planejar um esquema para proteger o juiz Nicolau dos Santos Neto, ontem, durante a transferência dele da Superintendência da polícia para à Carceragem da PF em Higianópolis.
Durante a operação, viaturas policiais deixaram o prédio da Superintendência tanto pela porta da frente quanto pela porta lateral, ao mesmo tempo. Um policial saiu coberto por uma manta para se passar pelo ex-juiz e despistar os jornalistas e os curiosos que cercavam o prédio.
"A polícia teve a preocupação em proteger o juiz porque havia muita gente". O delegado disse também que caberá ao juiz Casem Mazloum definir a data do interrogatório.
Por causa dessa operação de transferência, as informações sobre a aparência de Nicolau são passadas apenas pelos próprios policiais que dizem que o ex-juiz está mais magro, abatido e com os cabelos tingidos de preto.
Uma moradora de Higianópolis, a empresária Djanir Ferreira, disse não acreditar que o ex-juiz foi realmente preso. "Só acredito vendo. Depois dessa negociata toda duvido que ele esteja mesmo preso. Posso vê-lo?" disse ela apontando para o prédio da PF.
Abatimento
Segundo Gilberto Tadeu Vieria, o juiz Nicolau está "abatido e com saudades da família".
Santos Neto recusou o café da manhã e o almoço servido aos detentos e se alimentou apenas de frutas.
"Ele está ansioso para ver seus parentes. Há muito tempo que ele não vê as filhas". Segundo o porta-voz, as visitas na carceragem são permitidas apenas nas quintas-feiras. "O advogado dele (Nicolau) tem que entrar com uma petição para requerer que o juiz veja a família. Essa petição será analisada pela Justiça Federal".
O advogado de Nicolau, Alberto Torom, que esteve há pouco visitando seu cliente, deve dar entrada hoje mesmo na Justiça com a petição.
Leia mais sobre os casos TRT-SP no especial
Poder Público
PF montou esquema para proteger ex-juiz durante transferência
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da Folha Online
De acordo com o porta voz e delegado Gilberto Tadeu Vieira, a Polícia Federal teve que planejar um esquema para proteger o juiz Nicolau dos Santos Neto, ontem, durante a transferência dele da Superintendência da polícia para à Carceragem da PF em Higianópolis.
Durante a operação, viaturas policiais deixaram o prédio da Superintendência tanto pela porta da frente quanto pela porta lateral, ao mesmo tempo. Um policial saiu coberto por uma manta para se passar pelo ex-juiz e despistar os jornalistas e os curiosos que cercavam o prédio.
"A polícia teve a preocupação em proteger o juiz porque havia muita gente". O delegado disse também que caberá ao juiz Casem Mazloum definir a data do interrogatório.
Por causa dessa operação de transferência, as informações sobre a aparência de Nicolau são passadas apenas pelos próprios policiais que dizem que o ex-juiz está mais magro, abatido e com os cabelos tingidos de preto.
Uma moradora de Higianópolis, a empresária Djanir Ferreira, disse não acreditar que o ex-juiz foi realmente preso. "Só acredito vendo. Depois dessa negociata toda duvido que ele esteja mesmo preso. Posso vê-lo?" disse ela apontando para o prédio da PF.
Abatimento
Segundo Gilberto Tadeu Vieria, o juiz Nicolau está "abatido e com saudades da família".
Santos Neto recusou o café da manhã e o almoço servido aos detentos e se alimentou apenas de frutas.
"Ele está ansioso para ver seus parentes. Há muito tempo que ele não vê as filhas". Segundo o porta-voz, as visitas na carceragem são permitidas apenas nas quintas-feiras. "O advogado dele (Nicolau) tem que entrar com uma petição para requerer que o juiz veja a família. Essa petição será analisada pela Justiça Federal".
O advogado de Nicolau, Alberto Torom, que esteve há pouco visitando seu cliente, deve dar entrada hoje mesmo na Justiça com a petição.
Poder Público
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