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10/12/2000 - 09h05

"Fuga é uma prisão", afirma Luiz Estevão sobre a situação do ex-juiz

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da Folha de S.Paulo

O senador cassado Luiz Estevão de Oliveira disse ontem, ao comentar a prisão do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, que a situação de um foragido equivale à de um prisioneiro. "A fuga é uma prisão", afirmou ele.

Isso ocorre, segundo Luiz Estevão, por causa da perseguição e do isolamento que caracterizam a situação de foragido.

"Ele (Nicolau) deveria ter se apresentado desde o primeiro momento porque estaria solto há muito tempo", avaliou o senador cassado, afirmando que a idade do juiz (72 anos) e o fato de a prisão ser preventiva o teriam deixado em liberdade.

Estevão disse que a prisão de Nicolau não altera em nada seus planos de permanecer no país. "Eu jamais me ausentaria, se ausentar é um grande equívoco", declarou.

O senador cassado disse não acreditar que as investigações sobre suas atividades e empresas sejam afetadas pela prisão do ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. "De jeito nenhum", disse.

As investigações da CPI do Judiciário, em 1999, revelaram a existência de pagamentos vultosos das empresas de Fábio Monteiro de Barros, da Incal (responsável pela obra do fórum do TRT), para o Grupo OK, do então senador Luiz Estevão (ele foi cassado em 28 de junho deste ano).

Documentos obtidos pelo Ministério da Justiça com autoridades estrangeiras comprovam que o senador cassado movimentava duas contas no Delta Bank, em Miami, das quais saíram três depósitos no valor total de R$ 1,05 milhão para a conta que Nicolau dos Santos Neto mantinha no banco Santander, na Suíça.

Os codinomes das contas de Luiz Estevão eram Leo Green e James Tower. Luiz Estevão afirmou que não pretende visitar o juiz na prisão. "Não sou uma pessoa que tenha esse tipo de intimidade com ele", afirmou o ex-senador.



 

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