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13/12/2000 - 19h39

Febre aftosa pode ter adiado plano de fuga de Nicolau

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CARLOS ALBERTO DE SOUZA
da Agência Folha, em Bagé

O ingresso do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto no Brasil pode ter sido retardado pela presença de barreiras sanitárias que foram montadas em Aceguá (RS), devido ao registro de febre aftosa no Uruguai.

As barreiras, que contavam com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Brigada Militar (a PM gaúcha), foram desmontadas no último dia 2. Nicolau, segundo testemunhas, veio de carro do Uruguai e entrou no Brasil por Aceguá, no dia 8 passado.

Durante o período em que as barreiras estiveram montadas, desde 3 de novembro passado, os carros eram obrigados a parar e as autoridades perguntavam aos motoristas se eles transportavam algum tipo de produto animal, além de revistarem o porta-malas.

Uma abordagem desse tipo certamente não era desejada pelo esquema montado para a rendição do ex-juiz, que ocorreu no motel Fliper, às margens da BR-293, em Bagé (RS).

Conforme o jornal "Novo Alento", de Aceguá _ município que elegeu seu primeiro prefeito na eleição passada _, a população local estava descontente com as barreiras, pois eventualmente eram apreendidos alimentos dos moradores.

O Uruguai ainda mantém barreira sanitária no limite com Aceguá, revistando os veículos que ingressam na rodovia 8, que leva a Montevidéu, a 460 km da fronteira. Isso porque também houve registro de aftosa na região noroeste do Rio Grande do Sul.

Os carros que saem do Uruguai, em direção ao Brasil, não precisam passar pela barreira sanitária.

Proprietários rurais da região de Bagé acreditam que as barreiras sanitárias devem ter adiado a entrada de Nicolau no Brasil, lembrando que há algum tempo era cogitada a hipótese de o ex-juiz se entregar à polícia.

A procuradora da República em Bagé, Ana Paula Medeiros, disse que o Ministério Público local não foi acionado para entrar no caso. A cônsul do Uruguai na cidade, Teresa Morotó, disse não ter recebido nenhuma confirmação oficial de que o ex-juiz passou pelo território uruguaio.

  • Leia mais sobre o caso TRT-SP
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