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14/12/2000
-
20h47
da Folha de S.Paulo
O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Jayme Chemello, defendeu a permanência do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto na prisão.
Para ele, as pessoas que frequentaram universidades deveriam passar mais tempo presas do que "o pobre, que não sabe", ou seja, que não teve instrução. "O outro, formado, sabe tudo".
Para Chemello, muitos formados estudaram de graça e "se aproveitaram do país para depois praticar o crime". O bispo diz que essas pessoas têm duas "responsabilidades: uma de ter tudo para não fazer (praticar crimes) e a outra de ter tirado do país para fazer".
Segundo o bispo, "quando uma pessoa tão importante é presa, julgada e punida", outros criminosos passam a acreditar que não são os únicos a serem punidos.
O bispo afirmou que Nicolau deveria também devolver todo o dinheiro que teria desviado porque, "muitas vezes, o criminoso sai e vai buscar o dinheiro e viver feliz da vida". Quando isso acontece, raciocina, "os outros vêem e pensam: 'Oba, vou roubar também'".
Ele afirmou que, em alguns casos, o Estado deveria ser "um pouquinho mais rigoroso que em outros".
Um desses casos, disse Chemello, é o "de um juiz, que ficava julgando os outros". "Acho que ele (Nicolau) deveria pelo menos sentir um pouco o que significa a cadeia".
Para Chemello, a Justiça deveria tirar todos os bens do ex-juiz. "Só tem de deixar uma coisinha para a família, coitada". Para ele, o país está mal porque "o dinheiro deveria ser para todo o povo e não é".
Chemello disse que visita cadeias e só encontra presos ladrões de galinha. O bispo fez as declarações na apresentação da campanha da fraternidade do próximo ano, que terá como tema "Vida, Sim; Drogas, Não".
A campanha vai até abril do próximo ano. Segundo Chemello, ela não é contra as drogas, mas a favor de um sentido para a vida, que falta atualmente para muitos jovens.
CNBB defende que Nicolau fique preso
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O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Jayme Chemello, defendeu a permanência do ex-juiz Nicolau dos Santos Neto na prisão.
Para ele, as pessoas que frequentaram universidades deveriam passar mais tempo presas do que "o pobre, que não sabe", ou seja, que não teve instrução. "O outro, formado, sabe tudo".
Para Chemello, muitos formados estudaram de graça e "se aproveitaram do país para depois praticar o crime". O bispo diz que essas pessoas têm duas "responsabilidades: uma de ter tudo para não fazer (praticar crimes) e a outra de ter tirado do país para fazer".
Segundo o bispo, "quando uma pessoa tão importante é presa, julgada e punida", outros criminosos passam a acreditar que não são os únicos a serem punidos.
O bispo afirmou que Nicolau deveria também devolver todo o dinheiro que teria desviado porque, "muitas vezes, o criminoso sai e vai buscar o dinheiro e viver feliz da vida". Quando isso acontece, raciocina, "os outros vêem e pensam: 'Oba, vou roubar também'".
Ele afirmou que, em alguns casos, o Estado deveria ser "um pouquinho mais rigoroso que em outros".
Um desses casos, disse Chemello, é o "de um juiz, que ficava julgando os outros". "Acho que ele (Nicolau) deveria pelo menos sentir um pouco o que significa a cadeia".
Para Chemello, a Justiça deveria tirar todos os bens do ex-juiz. "Só tem de deixar uma coisinha para a família, coitada". Para ele, o país está mal porque "o dinheiro deveria ser para todo o povo e não é".
Chemello disse que visita cadeias e só encontra presos ladrões de galinha. O bispo fez as declarações na apresentação da campanha da fraternidade do próximo ano, que terá como tema "Vida, Sim; Drogas, Não".
A campanha vai até abril do próximo ano. Segundo Chemello, ela não é contra as drogas, mas a favor de um sentido para a vida, que falta atualmente para muitos jovens.
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