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10/01/2001 - 03h37

FHC indica pastoral para Nobel da Paz

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da Folha de S.Paulo

O presidente Fernando Henrique Cardoso assinou ontem carta com a indicação da Pastoral da Criança para o Prêmio Nobel da Paz deste ano.

O organismo de ação social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), criado em 1983, deverá concorrer com outras cem candidaturas, aproximadamente. O resultado sai em dezembro.

"Se há um movimento que merece um prêmio como o Nobel da Paz é
exatamente a Pastoral da Criança, pois não se trata apenas de atender à pobreza. É a formação da pessoa, da cidadania, de dar valores às pessoas, de fazer com que elas entendam que a vida tem que ser cuidada, tem que ser regada como uma plantinha", afirmou o presidente.

A carta de intenções será entregue na próxima terça ao comitê do prêmio em Oslo, na Noruega, pelo ministro da Saúde, José Serra, um dos principais entusiastas da candidatura.

A pediatra e sanitarista Zilda Arns, fundadora e coordenadora nacional da pastoral, disse que FHC e Serra foram os governantes que mais deram apoio à pastoral. "O ministro dobrou o auxílio à entidade, por livre e espontânea vontade", afirmou Zilda, que é irmã do arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns.

A pastoral acompanha mensalmente cerca de 76 mil gestantes e 1,5 milhão de crianças menores de 6 anos que vivem nos bolsões de miséria em 3.277 municípios do país. O trabalho é feito por 145 mil voluntários. Nesses bolsões, a taxa de mortalidade de crianças de até 1 ano é de 11,7 por 1.000 nascidos vivos. A média do país é de 36.

Um dos programas de maior êxito da pastoral é o que ministra a multimistura -farinha obtida a partir de alimentos alternativos, como farelo de arroz, de folha de mandioca e de trigo- para combater a desnutrição.

O programa já foi considerado pelo Unicef como o melhor serviço de saúde e nutrição comunitárias do país, mas não foi incluído no programa oficial de combate à desnutrição pelo Ministério da Saúde.
 

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