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21/01/2001 - 20h00

Novos cardeais brasileiros se dizem surpresos com nomeação

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da France Presse

A nomeação como cardeais pegou de surpresa os bispos brasileiros Cláudio Humme e Geraldo Majela Agnelo, disseram os dois hoje, ainda que nos círculos religiosos fosse uma notícia esperada, porque ocupavam sedes cardinalícias tradicionais.

Os dois sacerdotes informaram que na quinta-feira o núncio apostólico no Brasil, Alfio Rapisarda, lhes informou que seus nomes estariam na lista divulgada hoje pelo papa João Paulo 2°.

Dom Humme, arcebispo de São Paulo, disse que recebeu a nomeação como um chamado para novas responsabilidades, e destacou que a escolha depende de uma decisão pessoal do papa.

"Ninguém é candidato, por direito, a cardeal, porque essa honra é concedida por decisão pessoal do papa. O cargo de cardeal significa a prestação de mais serviços no âmbito universal da igreja", disse o arcebispo Humme.

Dom Humme não é o primeiro arcebispo de São Paulo a ser nomeado cardeal. Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo também foi nomeado cardeal ocupando este cargo.

Por sua vez, Dom Agnelo, bispo primaz de Salvador, disse que sua nomeação deveria ser interpretada como uma homenagem pessoal do papa à diocese que ele dirige, a primeira criada no Brasil.

"Estamos comemorando 450 anos da criação da diocese de Salvador. E o aniversário será recordado com uma programação intensa de celebrações", disse o novo cardeal.

Entre 1978 e 1982 Dom Agnello foi bispo da diocese de Toledo (Estado do Paraná, sul do país), e posteriormente nomeado por João Paulo 2° arcebispo de Londrina (Paraná). Desde 1991 era secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

À frente da diocese de Salvador concentrou suas atenções no tratamento do sincretismo religioso típico da Bahia e no crescimento das seitas "neo-pentecostais".

Hummes, por sua vez, foi bispo diocesano de Santo André, no cinturão industrial de São Paulo em 1975. Permaneceu à frente dessa diocese até 1996 quando foi nomeado aecebispo de Fortaleza (Ceará, nordeste). Em 1998 foi nomeado para São Paulo. Foi membro da Comissão Episcopal da Pastoral e Assistente Nacional da Pastoral Operária de 1970 a 1990.

Sua ação obteve notoriedade nacional durante a década de 1970, nos anos do regime militar, quando apoiou publicamente o incipiente movimento sindical, apoiou as greves do setor metalúrgico e abriu as igrejas para as organizações dindicais que o governo negava existência.

Em 1980 foi eleito delegado para o Sínodo sobre a Família e, em 1997, para a Assembléia Especial do Sínodo dos Bispos para a América.
 

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