Publicidade
Publicidade
26/01/2001
-
19h44
BENJAMIN TOLEDO
especial para a Folha Online, em Porto Alegre
Mais de 2.000 pessoas ouviram a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), criticar a globalização "excludente" que aprofunda a distância social entre as pessoas.
Ela participou hoje da oficina "Das experiências democráticas locais à construção de um contra-poder planetário: caminhos para um mundo novo", no Fórum Social Mundial.
O fórum termina na terça-feira, em Porto Alegre (RS).
"Está na hora de dar um basta à noção de que liberdade de capital deve ser feita a todo e qualquer custo", disse Marta.
Segundo ela, a globalização foi "parteira de sucessivas crises financeiras internacionais" e que seus efeitos foram sentidos principalmente nos países de terceiro mundo "aprofundando o processo de exclusão social".
Na opinião da prefeita, os agentes privados não se mostram capazes para assumir as tarefas do Estado.
"Não se trata de condenar as privatizações, muitas vezes necessárias para acabar com os privilégios de determinados setores privados ou com a hipertrofia do aparelho burocrático".
Marta disse que os grandes centros urbanos viraram "depósitos de excluídos do processo de modernização".
'As megacidades não funcionam como pólos de desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural, mas apenas como receptoras de um contigente crescente de excluídos''.
A prefeita de São Paulo aproveitou o fórum para criticar o fato do governo Fernando Henrique Cardoso não ter estendido o projeto de renda mínima para todo o país.
Segundo ela, o projeto de renda mínima é a solução para evitar situações que estão ficando cada vez mais críticas nas cidades.
'As crianças e jovens mulheres estão vendendo a sua força de trabalho, o seu corpo e o seu futuro por uns poucos trocados".
Apesar de tantas alfinetadas, Marta disse que a prefeitura de São Paulo não é contra a globalização. 'Somos a favor da globalização enquanto processo de aproximação dos povos, de intercâmbio de experiências de gestão pública local e de afirmação das nacionalidades em termos econômicos e políticos''.
Marta critica globalização em fórum anti-Davos
Publicidade
especial para a Folha Online, em Porto Alegre
Mais de 2.000 pessoas ouviram a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), criticar a globalização "excludente" que aprofunda a distância social entre as pessoas.
Ela participou hoje da oficina "Das experiências democráticas locais à construção de um contra-poder planetário: caminhos para um mundo novo", no Fórum Social Mundial.
O fórum termina na terça-feira, em Porto Alegre (RS).
"Está na hora de dar um basta à noção de que liberdade de capital deve ser feita a todo e qualquer custo", disse Marta.
Segundo ela, a globalização foi "parteira de sucessivas crises financeiras internacionais" e que seus efeitos foram sentidos principalmente nos países de terceiro mundo "aprofundando o processo de exclusão social".
Na opinião da prefeita, os agentes privados não se mostram capazes para assumir as tarefas do Estado.
"Não se trata de condenar as privatizações, muitas vezes necessárias para acabar com os privilégios de determinados setores privados ou com a hipertrofia do aparelho burocrático".
Marta disse que os grandes centros urbanos viraram "depósitos de excluídos do processo de modernização".
'As megacidades não funcionam como pólos de desenvolvimento econômico, tecnológico e cultural, mas apenas como receptoras de um contigente crescente de excluídos''.
A prefeita de São Paulo aproveitou o fórum para criticar o fato do governo Fernando Henrique Cardoso não ter estendido o projeto de renda mínima para todo o país.
Segundo ela, o projeto de renda mínima é a solução para evitar situações que estão ficando cada vez mais críticas nas cidades.
'As crianças e jovens mulheres estão vendendo a sua força de trabalho, o seu corpo e o seu futuro por uns poucos trocados".
Apesar de tantas alfinetadas, Marta disse que a prefeitura de São Paulo não é contra a globalização. 'Somos a favor da globalização enquanto processo de aproximação dos povos, de intercâmbio de experiências de gestão pública local e de afirmação das nacionalidades em termos econômicos e políticos''.
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice