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27/01/2001
-
03h32
da Agência Folha, em Porto Alegre
Um debate com Luiz Inácio Lula da Silva foi incluído na agenda do Fórum Social Mundial ontem, e a discussão acabou servindo de palanque para uma aclamação do líder petista como candidato à Presidência em 2002.
Lula foi interrompido sete vezes com gritos e palmas enquanto falava. Ao final, os 1.500 presentes, quase todos de pé, gritaram seu nome e
bateram palmas, dizendo ""Brasil, urgente, Lula presidente".
Na mesma oficina, Lula disse ser favorável à globalização. Ressalvou que ela deve existir de uma forma diferente da atual. ""Quero uma globalização que coloque a sociedade na frente da economia, que permita a autodeterminação dos povos, com proteção à ecologia, que tenha metas sociais prioritárias, que preserve o emprego, pois ele dá dignidade às pessoas."
A oficina com Lula, que não estava na programação original impressa na quarta-feira, chamava-se ""Desenvolvimento e subdesenvolvimento: desconstrução e construção do Estado". Segundo a organização do fórum, o debate foi incitado por ONGs.
Participaram do painel, também, o prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), e o ex-ministro do Interior da França Jean-Pierre Chevénement, que deixou o cargo recentemente sob acusações de ter atuado contra os imigrantes.
Lula defendeu a ação do Estado na economia. ""Não fosse o Estado, os trabalhadores europeus não teriam chegado ao Estado de Bem-Estar Social. Nós nem vamos chegar lá. Nascemos pobres e vamos morrer pobres. Como não podemos nos conformar com isso, temos que lutar", disse Lula.
A presença de Chevénement causou protestos na sala e gerou constrangimento na mesa. Alguns franceses presentes protestaram contra sua presença. O deputado francês no Parlamento Europeu Alain Lipiez afirmou que o ex-ministro é ""o que há de mais reacionário na esquerda francesa".
(LÉO GERCHMANN)
Debate é usado para lançar candidatura de Lula
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Um debate com Luiz Inácio Lula da Silva foi incluído na agenda do Fórum Social Mundial ontem, e a discussão acabou servindo de palanque para uma aclamação do líder petista como candidato à Presidência em 2002.
Lula foi interrompido sete vezes com gritos e palmas enquanto falava. Ao final, os 1.500 presentes, quase todos de pé, gritaram seu nome e
bateram palmas, dizendo ""Brasil, urgente, Lula presidente".
Na mesma oficina, Lula disse ser favorável à globalização. Ressalvou que ela deve existir de uma forma diferente da atual. ""Quero uma globalização que coloque a sociedade na frente da economia, que permita a autodeterminação dos povos, com proteção à ecologia, que tenha metas sociais prioritárias, que preserve o emprego, pois ele dá dignidade às pessoas."
A oficina com Lula, que não estava na programação original impressa na quarta-feira, chamava-se ""Desenvolvimento e subdesenvolvimento: desconstrução e construção do Estado". Segundo a organização do fórum, o debate foi incitado por ONGs.
Participaram do painel, também, o prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), e o ex-ministro do Interior da França Jean-Pierre Chevénement, que deixou o cargo recentemente sob acusações de ter atuado contra os imigrantes.
Lula defendeu a ação do Estado na economia. ""Não fosse o Estado, os trabalhadores europeus não teriam chegado ao Estado de Bem-Estar Social. Nós nem vamos chegar lá. Nascemos pobres e vamos morrer pobres. Como não podemos nos conformar com isso, temos que lutar", disse Lula.
A presença de Chevénement causou protestos na sala e gerou constrangimento na mesa. Alguns franceses presentes protestaram contra sua presença. O deputado francês no Parlamento Europeu Alain Lipiez afirmou que o ex-ministro é ""o que há de mais reacionário na esquerda francesa".
(LÉO GERCHMANN)
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