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28/01/2001 - 11h59

Polícia vence batalha contra manifestantes em Davos

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da Folha de S.Paulo

A polícia suíça venceu ontem a batalha contra os manifestantes antiglobalização que tentaram chegar a Davos para a grande manifestação que ocorreria durante a tarde.

Não mais que 500 manifestantes conseguiram estar por volta das 13h (10h de Brasília) -a hora prevista para o protesto- em frente à estação de trem do resort que sedia o Fórum Econômico Mundial. A organização não-governamental suíça Coordenação Anti-OMC, que organizou os protestos, esperava que o protesto contasse com até 5.000 pessoas.

Da estação de trem de Davos, os manifestantes caminharam sob pesada neve em direção ao centro da cidade entoando palavras de ordem, mas foram interrompidos a certa altura por barreiras policiais e canhões de água fria.

Pouco depois das 14h, o protesto terminou.
"Queríamos reunir mais gente, mas fomos impedidos", disse David Boehner, porta-voz da Coordenação Anti-OMC.

Desde o começo da manhã, as saídas de trens para Davos haviam sido parcialmente interrompidas na estação de Landquart, que fica a 40 km. Quem conseguiu prosseguir viagem a partir dali teve de parar outra vez em Klosters, a estação imediatamente anterior a Davos.
De Klosters, só foi possível continuar a viagem para Davos de ônibus.

Confrontos

A polícia fez triagens para escolher quem entraria nos veículos. No meio da estrada, os ônibus eram interrompidos para nova blitz policial.

Jovens de mochilas e com roupas informais foram os alvos preferenciais para serem revistados. Quem estivesse com algum material considerado suspeito ou não conseguisse convencer a polícia local sobre suas reais intenções era mandado de volta.

Policiais e algumas centenas de manifestantes entraram em confronto em pelo menos dois lugares: Landquart e na fronteira suíça com a Itália.
Em Landquart, manifestantes reclamaram que a polícia atirou gás lacrimogêneo a partir de helicópteros para dispersar aproximadamente 300 pessoas que chegavam de Zurique, Genebra e Basiléia.

O suíço M.L, de 22 anos, que pertence ao movimento "Young Socialists" ("Jovens Socialistas"), disse que ele e outros colegas foram barrados pela polícia em Klosters.

Só conseguiram chegar até Davos após pegarem um teleférico que atravessou as montanhas da região.

"A nossa demonstração foi pacífica. A violência partiu da polícia, que nos recebeu com canhões de água", afirmou M.L.

A maioria dos que participaram da restrita demonstração em Davos já estava na cidade havia alguns dias.

Ontem, alguns manifestantes conseguiram despistar a polícia no caminho em direção a Davos. Eles vestiam roupas para esquiar e transportavam os equipamentos apropriados para a prática do esporte.

Caminhar pelas ruas de Davos também não foi fácil para quem não possuía credencial para o evento ou fosse considerado "suspeito".

O também suíço A.K, de 23 anos, conta que, durante a manhã de ontem, foi parado pelo menos cinco vezes por policiais que lhe pediram explicações sobre o que fazia na cidade.

Frustrados em Davos, os manifestantes seguiram ontem à tarde para Zurique, onde pretendiam fazer um novo protesto durante a noite.
Em Genebra, durante a tarde, grupos antiglobalização conseguiram fazer uma demonstração em frente ao edifício da Organização Mundial do Comércio (OMC).

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