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28/01/2001
-
12h25
da Folha de S.Paulo
O ministro do Comércio francês, François Huwart, enfrentou uma situação constrangedora no Fórum Social Mundial de Porto Alegre, ontem, durante um debate sobre o comércio internacional.
Huwart havia acabado de fazer sua apresentação e estava descendo do palco, quando um homem se levantou da platéia e protestou, aos gritos, contra a participação do ministro francês no encontro de militantes de esquerda.
"Um representante do governo francês não tem lugar aqui", berrou o argentino Alberto Pujals, jornalista da publicação Correspondência Internacional, do movimento Esquerda Socialista. "A França ocupou com tropas e bombardeou a África."
Parte da platéia, de mais de 500 pessoas, apoiou o protesto do militante de esquerda, com aplausos e gritos. Os coordenadores do evento ficaram constrangidos. "Não é dessa maneira, gritando, que vamos resolver os problemas", disse para a platéia Bernard Cassen, diretor do Le Monde Diplomatique e um dos principais organizadores do Fórum.
Pujals não se intimidou e continuou gritando e apontando o dedo para o ministro, acusando a França de prejudicar os países pobres com sua política comercial e com os seus subsídios aos produtores agrícolas franceses. "Em Davos e aqui ele vai defender o mesmo, então que fique em Davos."
Huwart não entrou na briga, disse que estava acostumado a ouvir protestos. "A questão dos subsídios está sendo discutida. Temos que tratar o problema de maneira progressiva e conjunta, levando em conta, por exemplo, os subsídios de exportação concedidos pelos EUA."
Leia especial sobre Fórum Econômico e Fórum Social
Participação da França é criticada em Porto Alegre
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da Folha de S.Paulo
O ministro do Comércio francês, François Huwart, enfrentou uma situação constrangedora no Fórum Social Mundial de Porto Alegre, ontem, durante um debate sobre o comércio internacional.
Huwart havia acabado de fazer sua apresentação e estava descendo do palco, quando um homem se levantou da platéia e protestou, aos gritos, contra a participação do ministro francês no encontro de militantes de esquerda.
"Um representante do governo francês não tem lugar aqui", berrou o argentino Alberto Pujals, jornalista da publicação Correspondência Internacional, do movimento Esquerda Socialista. "A França ocupou com tropas e bombardeou a África."
Parte da platéia, de mais de 500 pessoas, apoiou o protesto do militante de esquerda, com aplausos e gritos. Os coordenadores do evento ficaram constrangidos. "Não é dessa maneira, gritando, que vamos resolver os problemas", disse para a platéia Bernard Cassen, diretor do Le Monde Diplomatique e um dos principais organizadores do Fórum.
Pujals não se intimidou e continuou gritando e apontando o dedo para o ministro, acusando a França de prejudicar os países pobres com sua política comercial e com os seus subsídios aos produtores agrícolas franceses. "Em Davos e aqui ele vai defender o mesmo, então que fique em Davos."
Huwart não entrou na briga, disse que estava acostumado a ouvir protestos. "A questão dos subsídios está sendo discutida. Temos que tratar o problema de maneira progressiva e conjunta, levando em conta, por exemplo, os subsídios de exportação concedidos pelos EUA."
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