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28/01/2001 - 19h05

Fórum Social Mundial flutua entre cerimônia religiosa e quermesse

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da Folha Online

O Fórum Social Mundial (FSM) de Porto Alegre flutua entre uma grande missa e uma grande quermesse, onde ao lado de líderes como Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o sindicalista francês José Bové, centenas de grupos alternativos disputam espaço na Universidade Católica.

As caminhadas de Lula ou da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), pela universidade, provocam cenas próximas da histeria. Quando Lula discursa, cada frase é aplaudida e os agentes de segurança são obrigados a bloquear as entradas do anfiteatro lotado.

Tumultos acontecem nas escadas de acesso -onde todos os espaços estão ocupados- para escutar as estrofes da "Internacional da resistência".

Nos corredores da universidade associações de defesa dos direitos humanos, ecologistas e organizações feministas disputam o espaço com os postos de venda de livros alternativos.

Além disso, ninguém perde a oportunidade de ocupar o hall central da universidade para ser ouvido. Hoje, várias organizações negras estiveram presentes para protestar -com grupo de Capoeira inclusive- contra sua exclusão do fórum.

Os debates sobre a situação dos negros ocorrem longe da universidade, pois nenhum debate sobre esse tema aconteceu nas salas centrais e nenhum negro está no comitê organizador, afirmaram as instituições negras.

Vários partidos de esquerda organizaram protestos mais discretos -entre eles o Partido Socialista Brasileiro (PSB)-, porque não foram convidados para participar dos grandes debates da conferência.

"Não à tortura", gritavam militantes no pátio, ao mesmo tempo que outro grupo gritava "o carbono contamina".

Cada organização levou à entrada do edifício principal uma pedra com um slogan ou seu nome gravado, para para colocá-la no chão. Pedras de todos os tamanhos e formas foram agrupadas em torno de um círculo central com o slogan do evento, "Outro mundo é possível".

Algumas das frases que são lidas nas pedras são "Reforma agrária já" e "Contra a ditadura de mercado".
 

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