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28/01/2001 - 21h47

Partidos de esquerda criam agência de cooperação entre prefeituras

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CARLOS ALBERTO DE SOUZA
da Agência Folha, em Porto Alegre

O PT e outros partidos de esquerda decidiram criar uma agência de cooperação que irá proporcionar o intercâmbio técnico entre as cidades que governam, ajudando-as a captar projetos, inclusive com financiamento internacional. A agência deve funcionar ainda neste semestre.

A criação da agência foi anunciada neste domingo, em Porto Alegre, em uma reunião de prefeitos que teve a predominância de petistas. A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), disse que a agência facilitará o contato de pequenos municípios com o exterior.

Segundo ela, a cessão de um técnico de uma prefeitura para outra, atualmente, é emperrada pela burocracia, assim como a tentativa de um município trazer um especialista estrangeiro. "Com uma agência atuando nessa ligação, isso é feito de forma muito menos burocratizada'', declarou Marta.

O prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro (PT), disse que a agência também "organizará as relações das prefeituras com ONGs (organizações não-governamentais)''. "A agência vai localizar experiências positivas em cada prefeitura e socializá-las diretamente, sem burocracia e sem qualquer impedimento formal'', afirmou.

Inspirada em instituições congêneres existentes na Itália e na Alemanha, por exemplo, a agência é uma entidade pública não estatal. A idéia começou a ser discutida há seis meses.

Os prefeitos que participaram do "Fórum de Autoridades Locais pela Inclusão Social", evento paralelo ao Fórum Social Mundial, divulgaram a "Carta de Porto Alegre'', que devem encaminhar ao G-7 (grupo dos países mais ricos), em junho, em Gênova (Itália).

Os prefeitos destacam, no documento, que as "maiores tensões e desigualdades estão nas cidades'', onde também se expressam "novas aspirações sociais e respostas inovadoras na afirmação da qualidade de vida e dos direitos sociais''.

Os signatários da carta _que critica o neoliberalismo_ se comprometem a combater a falta de moradia, a precariedade dos serviços urbanos e a pobreza, para o que é preciso uma redistribuição "mais justa" dos recursos públicos.

 

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