Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/02/2001 - 08h31

Guerrilha colombiana solicita audiência com Itamar Franco

Publicidade

da Agência Folha
em Belo Horizonte

O deputado estadual Sávio Souza Cruz (PSB-MG) disse que membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, guerrilha de orientação marxista) solicitaram a ele que marque uma audiência com o governador de Minas Gerais, Itamar Franco (sem partido).

Sávio, que foi líder de Itamar na Assembléia Legislativa do Estado, representou o governador no Fórum Social Mundial, que ocorreu em Porto Alegre, e disse ter recebido a solicitação no evento.

Segundo Sávio, os representantes da Farc demonstraram "enorme admiração pelo governador Itamar Franco, por sua coragem e pela determinação com que tem colocado o seu governo em favor das questões sociais".

Sávio afirmou que os guerrilheiros estarão em Belo Horizonte "em breve" e que desejariam conversar com Itamar. "Falei com o governador e ele disse para cuidar disso e falou que deve definir, quando da vinda deles, se será possível ou não um encontro."

Segundo o deputado, na reunião que teve com Itamar, os dois chegaram à conclusão de que "não é possível pensar nas questões latino-americanas sem levar em consideração esse dado de realidade que é a existência das guerrilhas na Colômbia".

A presença de representantes das Farc no Brasil é motivo de polêmica. No ano passado, um dos porta-vozes da guerrilha, Francisco Collazos, foi detido em Foz do Iguaçu. Ele foi preso quando ia renovar seu visto de permanência.

O governo colombiano havia expedido pedido de extradição ao Brasil de Collazos. Ele é acusado de participar de assassinatos, sequestros e atos terroristas.

Foi solto 24 dias depois. Collazos negou envolvimento com mortes e se disse um perseguido político. No dia 16 de janeiro, ele foi impedido pela Polícia Federal de se manifestar em público.

Com isso, a palestra da qual ele participaria no Fórum Social Mundial, na segunda-feira passada, acabou tornando-se um ato de desagravo e palco para protestos contra o governo brasileiro.

Por orientação de seu advogado, Collazos decidiu não falar _participou apenas como espectador da oficina
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página